Na direção oposta da maioria do mercado, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) fechou o pregão desta segunda-feira (21) em alta de 0,37%, aos 60.928 pontos, a maior pontuação desde 16 de julho do ano passado.
“A expectativa é de que o ciclo de valorização continue durante a semana e é possível que ultrapasse os 61 mil pontos, podendo chegar a até 65 mil pontos até o final do mês ou início de outubro”, acredita o economista Alex Agostini, da Austin Agência de Riscos de Crédito.
Segundo o analista, o relatório divulgado hoje pelo Banco Central que prevê estabilidade no resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil – após cinco meses seguidos de expectativa de queda – também contribuiu para o desempenho da bolsa paulista.
A alta de hoje teve influência das ações de empresas do segmento de metal e siderurgia. Os papéis da Vale foi um dos mais valorizados, com crescimento de 1,83%, a R$ 36,10. O giro financeiro total foi de R$ 8,61 bilhões.
A análise positiva de hoje é ratificada pelo levantamento da Global Financial Advisor, que aponta ganho acumulado no índice Ibovespa de pouco mais de 62% (em reais) no ano, o melhor desempenho dentre as principais bolsas mundiais. A valorização da bolsa paulista só perde para as bolsas do Peru (com alta de 78,69%) e da Indonésia (64,63%), que são consideradas pequenas e têm poucos papéis negociados.
Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 0,42%, aos 9,778 pontos, e a Nasdaq teve alta de 0,24%, aos 2,138 pontos. O desempenho morno é atribuído por alguns analistas à expectativa pela divulgação de dados sobre o mercado imobiliário e a decisão sobre juros do Federal Reserve (FED). Alex Agostini acredita que os números estejam relacionados a ajustes momentâneos do mercado financeiro norte-americano.
Queda na América Latina
Na América Latina, o índice Merval, da Bolsa de Comércio de Buenos Aires, fechou em baixa de 1,05%, aos 1.986,34 pontos. O Índice Geral da bolsa da capital argentina ficou nos 107.396 pontos, com queda de 0,98%, enquanto o indicador Merval 25 retrocedeu 0,79%, para 1.980 pontos.
O giro financeiro em ações foi de 60,7 milhões de pesos argentinos (15,7 milhões de dólares), com 34 altas, 29 baixas e 15 títulos estáveis.
As ações de Banco Macro (-2,07%), Tenaris (-2,05%) e Petrobras Energia (-1,94%) lideraram as baixas do dia, enquanto os papéis de Aluar (5,11%) e Edenor (3,94%) tiveram os maiores ganhos.
No México, a Bolsa Mexicana de Valores (BMV) registrou queda de 1,12%, aos 29.607 pontos.
Europa e Ásia
Na Europa, também houve desvalorização na maioria das bolsas. Em Frankfurt, a queda foi de 0,62%; Londres cedeu 0,74%; Paris caiu 0,41%; e Madri perdeu 0,42%.
O setor bancário liderou a baixa devido a um eventual ajuste de sobrepreço dos ativos, assim como no segmento siderúrgico.
Apesar das baixas, algumas ações conseguiram resultado positivo, como as farmacêuticas Novartis (1,73%) e a GlaxoSmithKline (0,75%), posicionada em Londres.
No mercado asiático, as bolsas recuaram em dia de feriado, com exceção de Xangai, que chegou a cair mais de 3% antes de anular as perdas e registrar oscilação positiva de 0,15%, com 2.967 pontos. O declínio foi motivado por preocupações sobre um forte aumento nas ações por meio de futuras ofertas públicas.
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