Num artigo publicado neste domingo (09/10) no jornal alemão Welt am Sonntag, os representantes da delegação da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) criticam o governo grego pelo “curto alcance” das medidas de austeridade implementadas até à data.
Poul Mathias Thomsen, representante do FMI, defende que Atenas está numa “encruzilhada” e que deve implementar reformas estruturais “muito mais severas do que as que temos visto”.
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Por sua vez, o representante da Comissão europeia, Matthias Mors, salienta que “os gregos acreditam que basta aprovar leis. Mas a sua implementação demora tempo, e muitas vezes faltam estruturas, por exemplo na Agência Tributária”.
Este artigo é publicado após o anúncio, durante esta semana, por parte do ministro das finanças grego, de novos cortes no setor público, que poderão alcançar uma redução salarial de até 50% e da passagem à reserva de 30 mil funcionários públicos.
Para o final do mês é esperada a divulgação do relatório da delegação da troika na Grécia sobre o estado das contas do país, que será determinante para determinar se a Grécia terá acesso à sexta parcela do plano de resgate, a ser entregue na última semana de Novembro.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, já veio entretanto afirmar que talvez tenha sido fixada em julho “uma porcentagem demasiado baixa” para a redução da dívida grega.
Angela Merkel e Sarkozy se encontram neste domingo para delinear um plano comum sobre como injetar liquidez nos bancos europeus, em caso de um possível incumprimento grego.
Greve geral
Mediante o anúncio de novas medidas de austeridade, os sindicatos já agendaram uma nova greve geral para dia 19 de outubro, que abrangerá não só os trabalhadores do tráfego aéreo, ferrovia e sector público como também do comércio.
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