Depois da notícia de que a Coreia do Norte lançará um novo foguete em meados de abril, os EUA conquistaram um importante aliado para responder às ameaças do regime de Pyongyang. Em meio à abertura do Fórum sobre Segurança Nuclear, a China, tradicional parceira do país asiático, concordou em aliar-se a Washington caso seja necessário repreender a condução desse teste.
Agência Efe
Na visão do presidente norte-americano, Barack Obama, o inesperado apoio chinês surge como reflexo do interesse comum às duas nações de combater a proliferação nuclear. Em discurso na capital da Coreia do Sul, que sedia o evento, disse que “ambos tem interesse em garantir normas internacionais acerca da não-proliferação nuclear”.
Obama e o presidente chinês, Hu Jintao, não precisaram a forma como responderão à Coreia do Norte caso os testes com foguetes realmente ocorram. Agendada para alguma data entre os dias 12 e 16 de abril, a manobra militar coincidirá com as celebrações do centenário do fundador e “presidente eterno” do país, Kim il-Sung.
Segundo a agência de notícias oficial do governo chinês, Hu Jintao disse a Obama que os dilemas que envolvem a Coreia do Norte permanecem “muito delicados”. Por essa razão, Pequim “não espera uma inversão do cenário logo agora que foi conquistado um momento de relaxamento da tensão na península coreana”.
Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão já anunciaram que irão abrir fogo contra o míssil caso ele atravesse seus territórios. Segundo um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, estão sendo planejadas “capazes de rastrear a rota do míssil e destruí-lo caso se desvie de sua rota original e atinja terras sul-coreanas”.
EUA, Coreia do Norte e Japão argumentam veementemente que o lançamento infringe resoluções das Nações Unidas sobre o lançamento de mísseis. Mas Pyongyong insiste que o equipamento foi projetado para colocar em órbita um satélite de observação.
Se o lançamento realmente ocorrer, colocará em xeque um acordo firmado em fevereiro, no qual a Coreia do Norte se comprometeu a cessar seus testes com mísseis de longo-alcance em troca de 240 toneladas de alimentos doados pelos EUA.
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