No mesmo dia em que desembarcou na capital haitiana, Porto Príncipe, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, participou de homenagem ao chefe da Minustah (sigla em francês para Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti), o tunisiano Hédi Annabi, e o vice, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, mortos após o edifício da organização ruir no terremoto de 12 de janeiro. Com honras militares, a cerimônia contou com a participação de poucos familiares e jornalistas.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reverencia os mortos no terremoto
O terremoto no Haiti foi apontado pela ONU como a maior tragédia da história, pelo alto número de mortos e os estragos feitos na já precária infraestrutura do país caribenho. Mais de 30 funcionários das Nações Unidas morreram e 330 estão desaparecidos.
A homenagem aos funcionários da ONU foi tomada pela comoção, principalmente pelo cenário de destruição que domina a capital. Os cemitérios da cidade estão recebendo corpos não identificados todos os dias, amontoados em covas coletivas, pois não há espaço para todos os mortos.
Esperança
Ontem (17) o dia foi também de esperança, pois cinco dias após o tremor, foram encontrados em um supermercado de Porto Príncipe cinco sobreviventes que, presos entre os escombros, conseguiram se manter consumindo os alimentos no local.
Com o passar dos dias, as chances de encontrar sobreviventes diminuem. A cidade enfrenta escassez de água e comida e também a iminente ameaça de doenças, devido às dezenas de milhares de mortos que continuam presos das construções. Ao menos 70 mil vítimas do terremoto no Haiti já foram enterradas em valas comuns, informou o ministro da Educação Carol Joseph.
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*Texto e foto
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