Os Médicos Sem Fronteiras (MSF), responsáveis por trabalhos humanitários na Síria, denunciaram nesta sexta-feira (25/10) que “cerca de 130 mil pessoas” fugiram nos últimos cinco dias da cidade de Al-Safira, no norte do país, após uma série de bombardeios e confrontos campais entre tropas do governo e oposição.
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Em nota oficial, o MSF confirma que os refugiados representam “quase a totalidade dos civis que viviam em Al-Safira e nas cidades ao redor. “É uma fuga em massa. Eles fugiram de combates, bombardeios e ataques aéreos – que resultaram na morte de 76 pessoas e centenas de feridos em apenas cinco dias”, revela a entidade.
Agência Efe
“Situação na Síria é caótica, diz Médicos Sem Fronteiras
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Grande parte dos refugiados partiu para o norte da Síria, onde a situação é caótica. A região está com infraestrutura e capacidade de abrigar novos moradores completamente saturadas. “Na cidade de Manjib, por exemplo, as unidades de assistência cuidam de até 200 mil pessoas. Em algumas situações, dez famílias chegam a viver em um mesmo apartamento”, diz o MSF.
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Entidades ligadas aos direitos humanos lançaram um alerta à ONU (Organização das Nações Unidas) para que os países com influência neste conflito mostrem a mesma determinação em resolver o problema que tiveram na questão das armas químicas. O diretor do MSF, Mego Terzian, afirma “ser urgente que a ONU e a Cruz Vermelha passem a ter acesso sem entraves às zonas que não estão sob controle da oposição síria e tomem uma decisão contundente contra a situação”.
A ONU calcula que mais de quatro milhões de sírios estejam deslocados no seu próprio país por causa da guerra. Mais da metade, diz a ONU, precisa de ajuda urgente. Números oficiais apontam que quase um terço da população síria foi obrigada a fugir do país com medo do conflito civil.