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Política e Economia

Maduro recebe políticos opositores e diz que diálogo abrirá “nova etapa” para Venezuela

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Presidente manteve encontro com governadores e prefeitos de partidos da oposição no Palácio de Miraflores, em Caracas

Luciana Taddeo

2013-12-19T12:30:00.000Z

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Os venezuelanos assistiram, na noite desta quarta-feira (18/12), uma cena imaginada por poucos há oito meses, quando a vitória de Nicolás Maduro por 1,5% dos votos na eleição presidencial não foi reconhecida pelo candidato opositor Henrique Capriles. Governadores e prefeitos da oposição, alguns deles com histórica trajetória antichavista, foram recebidos no palácio de Miraflores para uma reunião de quase cinco horas com o chefe de Estado venezuelano.

Efe (18/12/2013)

Maduro recebe governadores e prefeitos opositores no Palácio de Miraflores: "quem quiser paz, terá paz e cada um com sua visão"

Transmitida ao vivo e sem cortes pela televisão estatal, que não costuma dar espaço a vozes críticas ao governo, os líderes opositores fizeram diversos questionamentos sobre a situação das administrações locais e reivindicaram recursos governamentais. Todos cantaram o hino nacional venezuelano acompanhados pela voz de Hugo Chávez, em uma versão utilizada em quase todos os atos governamentais desde a morte do líder. O diálogo, no entanto, manteve tom de cordialidade e contou com sorrisos e agradecimentos ao presidente pela iniciativa.

“Vocês têm sua posição política e eu respeito, respeito cada um de vocês em sua posição política, em sua postura ideológica”, disse Maduro, afirmando que o objetivo da reunião não era convencer os líderes opositores ideologicamente, mas que ambos os lados se escutem para “selar uma vontade coletiva de paz” e “abrir uma nova etapa” na vida política do país. O presidente venezuelano mostrou descontração, fez comentários bem humorados e anotou pontos de cada intervenção dos presentes, mas foi enfático, no entanto, em pedir que os opositores não tomem “atalhos fora da constituição”, como no golpe contra Chávez em 2002.

O grande ausente da reunião foi Capriles que, segundo a imprensa local, afirmou que recebeu uma chamada de convite para o evento, mas que não iria porque a reunião inicialmente foi planejada para prefeitos e que a instância que corresponde a governadores é o Conselho Federal de governo. A ausência foi criticada por líderes chavistas e até mesmo por apoiadores da oposição nas redes sociais. Durante a reunião, Capriles se manifestou no Twitter, afirmando que o país “clama” pelo diálogo e que a oposição se sentia representada pelos prefeitos presentes.

Primeiro a discursar, o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, afirmou que a oposição participava do evento sem intenção de duelar ou de responder a insultos, e que não levava “camisas de força ideológicas”. “Diálogo não significa claudicar com nossos princípios” expressou, dizendo que não quer converter a reunião em uma aula do verbo “reconhecer”, mas sim resolver a “crise de governabilidade” do país. “Para nos reconhecer temos que nos respeitar (...) eu me sentiria um farsante se viesse assumir aqui um discurso diferente do que defendemos na rua”, manifestou, afirmando que o canal estatal foi utilizado contra os opositores durante a campanha eleitoral.

Reportagem da rede multiestatal TeleSur sobre o encontro:


Ledezma fez uma exigência de diversos opositores durante a reunião: que o governo chavista devolva as competências e os recursos às prefeituras, eliminando estruturas paralelas de gestão lideradas por seguidores do governo em localidades onde a oposição obteve triunfo eleitoral. Maduro, que ao final da reunião anunciou a criação de uma comissão para abordar as reivindicações feitas e os problemas apontados pelos opositores, afirmou que estas estruturas foram criadas como resultado de problemas de administrações locais, mas que está aberto à busca de “novas circunstâncias”.

“Vou lhe confessar que sentia temor em vir, porque não sabia o que ia encontrar. Mas com todo respeito, quero agradecer em nome da minha cidade, em nome do meu povo, o trato que nos deram”, disse Evelyn Trejo, prefeita de Maracaibo, capital do Estado petrolífero de Zulia, reeleita nas eleições municipais de 8 de dezembro. “Aplaudo essa convocatória, essa conversa. Sabe por que, presidente? Toda a Venezuela tem os olhos postos nessa reunião, tinha expectativa em saber o que aconteceria com os prefeitos e governadores de oposição”, continuou, ao iniciar sua intervenção.

Reprodução/Twitter

O prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, cumprimenta Maduro antes do início da reunião em Caracas

Trejo manifestou desejo de trabalhar com o governo venezuelano para a resolução de problemas da capital que administra e afirmou que se dirigiu a Miraflores para reivindicar o que corresponde à sua cidade. “Se tenho que falar com o diabo, vou fazê-lo”, disse ela, provocando risos na sala, antes de se desculpar e afirmar que não se referia ao chefe de Estado. “Reitero que nós viemos muito assustados”.

“Não posso lhes pedir que não me subestimem ou que não me menosprezem, mas lhes peço me respeitem, que eu os respeitarei”, disse Maduro, que chegou a abraçar um líder opositor. Edgar José Miranda, prefeito de San Rafael de Onoto, município do estado de Portuguesa, solicitou o gesto como “símbolo da democracia e respeito às ideologias”. Maduro respondeu: “Quem me abraça, eu abraço. Quem quiser paz, terá paz e cada um com sua visão, e quando haja eleição, nos medimos”. Outro dos prefeitos, por sua vez, afirmou que é “muito belo” poder falar pela primeira vez com um presidente.

Um dos poucos momentos de tensão do encontro foi quando o prefeito de San Cristóbal do Estado de Táchira, Daniel Ceballos, fez comentários sobre os colombianos na fronteira com a Venezuela. O presidente classificou a declaração como “polêmica” e afirmou que a xenofobia foi promovida pelos opositores quando o acusaram de ter nascido no país vizinho. “Eu teria orgulho de ter nascido em Cúcuta ou em Bogotá. Nasci em Caracas e muito anti-colombianismo foi propagado e continua sendo”, disse o presidente venezuelano.

Maduro afirmou que o debate sobre temas nacionais com governantes opositores continuará, apesar das diferentes posturas ideológicas. “Acho que é um êxito para toda a Venezuela o fato de termos sentado cara a cara para conversar esta noite”, expressou, dizendo que a paz não significa a ausência de conflitos. “Interpretemos corretamente o que o país quer. Nós vamos continuar fazendo revolução, acreditamos no socialismo profundamente”, complementou ele, ao esclarecer que o governo não deixará de criticar, e pediu que os opositores fizessem o mesmo. “Com mais respeito”, complementou, após a intervenção de um dos presentes.

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Coronavírus

Coronavírus na África: siga, com mapas e gráficos, a situação da pandemia no continente

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Em mapas e gráficos interativos, é possível acompanhar a evolução da pandemia da covid-19 nos países africanos

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-02-26T22:00:00.000Z

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Em mais um recurso para a cobertura da pandemia do novo coronavírus, Opera Mundi selecionou mapas e gráficos elaborados pelo site Our World in Data, um projeto vinculado à Universidade de Oxford, no Reino Unido, pelo qual é possível acompanhar as últimas atualizações da covid-19 na África.

Os gráficos e mapas estão em inglês e têm uma defasagem máxima de 24 horas. Os dados que os alimentam são coletados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Europeia.

Passe o mouse ou clique nas linhas para ver os números. Você também pode obter informações de cada país passando o mouse dentro do mapa. Se você quiser assistir a uma animação que mostra as evoluções, basta clicar no símbolo de play ( ) no pé de cada gráfico.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


É possível acompanhar a situação do Brasil durante a pandemia com gráficos e mapas aqui. A evolução da pandemia a nível global está disponível aqui.

Antes, abaixo, você vê a tradução do nome dos países do inglês para o português. Arraste a tabela para o lado, se precisar:

InglêsPortuguêsInglêsPortuguês
AlgeriaArgéliaLiberiaLibéria
AngolaAngolaLibyaLíbia
BeninBenimMadagascarMadagascar
BotswanaBotswanaMalawiMalawi
Burkina FasoBurkina FasoMaliMali
BurundiBurundiMauritaniaMauritânia
Cabo VerdeCabo VerdeMauritiusMaurícia
CameroonCamarõesMoroccoMarrocos
Central African RepublicRep. Centro-AfricanaMozambiqueMoçambique
ChadChadeNamibiaNamíbia
ComorosIlha de ComoresNigerNíger
Congo, Dem. Rep. of theRep. Democr. do CongoNigeriaNigéria
Congo, Republic of theRepública do CongoRwandaRuanda
Cote d'IvoireCosta do MarfimSao Tome and PrincipeSão Tomé e Príncipe
DjiboutiDjiboutiSenegalSenegal
EgyptEgitoSeychellesIlhas Seychelles
Equatorial GuineaGuiné EquatorialSierra LeoneSerra Leoa
EritreaEritreiaSomaliaSomália
EswatiniEswatiniSouth AfricaÁfrica do Sul
EthiopiaEtiópiaSouth SudanSudão do Sul
GabonGabãoSudanSudão
GambiaGâmbiaTanzaniaTanzânia
GhanaGanaTogoTogo
GuineaGuinéTunisiaTunísia
Guinea-BissauGuiné-BissauUgandaUganda
KenyaQuêniaZambiaZâmbia
LesothoLesotoZimbabweZimbábue


Novos casos

Neste mapa, você vê quantos novos casos já foram confirmados no continente africano. Passe o mouse ou clique em cada país (se você estiver no celular) para ver o número.

Evolução de casos

Por este gráfico, é possível acompanhar a evolução dos casos nos países onde há dados disponíveis.

Casos em comparação com outros continentes

Neste gráfico, você consegue comparar a quantidade de casos na África com outros continentes. É possível analisar os números africanos em relação aos da Europa, América do Norte, América do Sul, Ásia e Oceania.

Número de mortes

Neste mapa, você vê o número total de mortos por covid-19 na África. Até o momento, países da região norte lideram em número de vítimas. Passe o mouse ou clique em cada país (se você estiver no celular) para ver o número.

Evolução de mortes

Por este gráfico, é possível acompanhar a evolução das mortes nos países onde há dados disponíveis.

Mortes por milhão de habitantes

Neste gráfico, você consegue acompanhar a quantidade de mortes em decorrência do novo coronavírus em proporção para cada milhão de habitantes do continente. (Tradução: x.x deaths por million = x.x mortes por milhão)

Mortes em comparação com outros continentes

Neste gráfico, você consegue comparar a quantidade de mortes por covid-19 na África com outros continentes. É possível analisar os números africanos em relação aos da Europa, América do Norte, América do Sul, Ásia e Oceania.

Curva de casos

O gráfico logarítmico abaixo mostra como a curva de casos confirmados na África está evoluindo, ao mesmo tempo, a compara com alguns dos países mais afetados pelo coronavírus do mundo.

Este gráfico contém outros países que não estão na África para efeito de comparação (United States = Estados Unidos; Spain = Espanha; Italy = Itália; Brazil = Brasil).

Curva de mortes

O gráfico logarítmico abaixo mostra como a curva de mortes por coronavírus confirmadas da África está evoluindo, ao mesmo tempo, a compara com alguns dos países mais afetados pelo coronavírus do mundo. 

Este gráfico contém outros países que não estão na África para efeito de comparação (United States = Estados Unidos; Spain = Espanha; Italy = Itália; Brazil = Brasil)


Saúde

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