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Política e Economia

Crise humanitária em Kobani já deixou quase 1.200 mortos, denuncia ONG

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Cidade síria de predomínio curdo na fronteira com Turquia é chave para segurar expansão do Estado Islâmico no Oriente Médio

Redação

2014-11-16T17:55:00.000Z

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Cerca de 1.200 pessoas morreram em dois meses na cidade síria de Kobani, na fronteira com a Turquia, informou neste domingo (16/11) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Segundo a ONG, os militantes do EI (Estado Islâmico) e combatentes curdos representam a maioria das baixas.

Efe

Cortina de fumaça após explosões na fronteira entre Turquia e Síria: combates com EI cada dia mais violentos


Nesta madrugada, a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizou pelo menos sete ataques noturnos intensos na região, relatou o jornalista curdo sírio, Mustafa Abdi, que está no lado turco da fronteira, à AFP. Segundo Abdi, Kobani passou da defesa para ataque contra os jihadistas, mas tal processo é lento, pois o EI colocou muitas minas no local.

Em setembro, o grupo extremista sunita lançou uma ofensiva contra a região de Kobani, ameaçando a vida de diversos civis curdos sírios, que tentaram fugir para a vizinha Turquia.

"Há milhares de pessoas abandonadas do lado da Síria e ninguém mais está vindo até aqui para perguntar como estão essas pessoas. Como elas estão conseguindo sobreviver sem comida, água e teto por tantos dias? Não há imprensa aqui, nem local nem internacional. Para onde foram todos os que desapareceram?”,  questiona Wasiq Mam, um refugiado curdo sírio de 45 anos que conseguiu fugir de Kobani para a Turquia, em relato de acesso exclusivo de Opera Mundi.

Foto/Kiran Nazish


'De um lado, o EI está ganhando forças e, do outro, nós somos horrivelmente ameaçados na Turquia', relata Wasiq

“Nós estamos sendo sacrificados, da mesma maneira que já fomos sacrificados antes na história. Nós sabemos que, enquanto nossa juventude derrama seu sangue e é decapitada por terroristas de sangue frio, o mundo de sangue frio está assistindo em silêncio”, acrescentou Mam.

Em meio ao desastre humanitário em Kobani, a Turquia foi criticada pela coalizão liderada pelos EUA e pressionada a tomar mais atitudes para impedir a expansão do EI.  Em virtude de um histórico conflituoso com os curdos, a política de Ancara por muito tempo se recusou a permitir a passagem dos milicianos curdos por sua fronteira, que é o único corredor de entrada para Kobani.

No início de outubro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou a afirmar que seu governo não daria apoio às milícias curdas em Kobani por considerá-las “terroristas”, já que as autoridades turcas têm uma frágil relação com os combatentes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), embora este grupo não represente a totalidade dos milicianos curdos na luta contra o EI.

No fim de outubro, a Turquia mudou o tom e decidiu ajudar as tropas curdo-iraquianas a atravessar o território turco para chegar à Kobani, cercada pelo grupo extremista. Contudo, o número de mortes na região continua a subir e a situação em Kobani ainda não está sob controle.

Efe

Crianças em campos de refugiados curdos: principais vítimas de expansão do Estado Islâmico na região são civis

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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