Uma comissão do Suriname está em Belém, capital do Pará, para localizar vítimas e testemunhas dos ataques contra brasileiros ocorridos no país sul-americano em dezembro do ano passado. Formada por um juiz e uma procuradora, a comissão é responsável pelo inquérito que investiga nove pessoas acusadas de terem cometido os crimes mais graves durante os distúrbios.
Os nove acusados estão presos no Suriname e negam participação nos crimes. Eles são suspeitos de roubos, estupros e lesões corporais graves. Outros 25 acusados por crimes menores durante os distúrbios já foram julgados, com o apoio de testemunhos de brasileiros que ficaram no Suriname.
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Segundo o MPF (Ministério Público Federal), até o momento, os investigadores conseguiram localizar e ouvir apenas duas pessoas que presenciaram os incidentes. A comissão permanecerá mais dois dias tentando localizar as outras testemunhas.
Ataques em Papatam
Os distúrbios ocorreram em 24 de dezembro de 2009 e resultaram em violência, roubos e estupros contra brasileiros, que se esconderam por horas nas matas da região, até o resgate pelas autoridades surinamesas. De acordo com o MPF, 14 brasileiros ficaram feridos e não foram registradas mortes.
Na região garimpeira de Papatam, os ataques começaram após uma briga entre um surinamês e um brasileiro, que resultou na morte do primeiro e, como conseqüência, em revolta entre os surinameses. Muitos brasileiros moravam na área, às margens do rio Marowijne, próximo à cidade de Albina, localizada na fronteira entre o Suriname e a Guiana Francesa.
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