A deputada trabalhista britânica Jo Cox, assassinada na quinta-feira (16/06) após ter sido baleada e esfaqueada em Birstall, no condado de West Yorkshire, já vinha recebendo diversas mensagens de ameaças nos últimos três meses, de acordo com a imprensa local.
A polícia da Inglaterra estava analisando aumentar as medidas de segurança em torno da parlamentar, mas nenhuma decisão havia sido tomada oficialmente.
Reprodução/Facebook
Jo Cox foi assassinada na última quinta-feira, enquanto se preparava para encontrar eleitores
Cox, de 41 anos, foi atacada na parte de externa de uma biblioteca, onde estava para um encontro com eleitores.
Não se sabe se as ameaças partiam de Tommy Mair, de 52 anos, que teria matado Fox em nome do nacionalismo. Segundo testemunhas citadas pela imprensa, ele teria gritado “Britain First”, uma referência ao partido xenófobo e anti-islâmico local, antes de cometer o ataque, em Leeds.
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De acordo o jornal The Independent, a polícia apurou que Mair chegou a ter ligações com um grupo de tendência nazista que defende a supremacia branca na Europa e o regime de apartheid na África do Sul. O grupo leva o nome de Springbok Club e o assassino, que está preso, aparece nos registros de filiação de 10 anos atrás.
Em sua última edição, a revista do Springbok Club fez um forte apelo pela saída do Reino Unido da UE, argumentando que o país precisa deixar a “superficialidade e a retrógrada” do bloco para reconstruir sua “soberania e independência”.
Agência Efe
Líderes políticos britânicos depositaram flores no local onde assassinato ocorreu, em Birstall
Um dia depois do assassinato, as bancas de jornais no Reino Unido amanheceram com reportagens e capas homenageando a política, que trabalhava em defesa de refugiados sírios e na permanência de imigrantes na União Europeia.
O episódio de violência, além de chocar os britânicos, interrompeu a campanha para o referendo sobre a saída ou permanência do país na União Europeia. A votação está prevista para acontecer no dia 23 de junho.
(*) Com Ansa