Graças à ajuda dos jovens indígenas, Enrique Porres e Alegria, o explorador norte-americano Hiram Bingham, 36 anos, descobre em 24 de julho de 1911 uma cidade inca perdida nas alturas da cordilheira dos Andes, no Peru. Construída em torno de duas montanhas, o Machu Picchu (Pico Velho) com 3140 metros e o Huayana Picchu (Pico Jovem) com 2700 metros, a cidade está empoleirada a 2400 metros de altitude. Bingham descobriu mais de 260 construções bem elaboradas, recobertas pela vegetação, esquecidas fazia três séculos.
Machu Piccchu era certamente uma cidade de veraneio para a classe dirigente inca estabelecida em Cuzco. O local foi construído no século 14 depois abandonado com a chegada dos conquistadores espanhóis em meados do século 16.
Wikipedia
Machu Picchu, hoje patrimônio histórico pela UNESCO
O professor Hiram Bingham, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, descobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de “a Cidade Perdida dos Incas” em seu primeiro livro, “Lost City of the Incas”.
Leia mais:
Ciência: Peruanos inventam plástico biodegradável à base de batata
Brasil, EUA e Peru se unem para estudar malária na Amazônia
Alan Garcia veta lei de defesa indígenas
Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhois, entre 1526 e 1572. Ao penetrar pelo cânion do Urubamba, Bingham recebeu do camponês Melchor Arteaga, no desolado sítio de Mandorbamba, o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação. Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e também infestada de víboras.Embora céptico, conhecedor dos muitos mitos que existiam sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em evidente estado de abandono há séculos.
Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário: “Would anyone believe what I have found?” (Acreditará alguém no que encontrei?)Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores.Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu Picchu, permitiram-lhe reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de Bronze, cobre, prata e de pedra, entre outros materiais. A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças de metal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados.
Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico.
Bingham reconheceu também outros importantes grupos arqueológicos nas imediações: Sayacmarca, Phuyupatamarca, a fortaleza de Vitcos e importantes trechos de caminhos (Caminho Inca), todos eles interessantes exemplos da arquitetura desse império. Tanto os restos encontrados como as evidências arquitetônicas levam os investigadores a crer que a cidade de Machu Picchu terminou de ser construída entre fim do século XV e início do século XVI.A expedição de Bingham, patrocinada não somente pela Universidade de Yale como também pela National Geographic Society, foi registrada em uma edição especial da revista, publicada em 1913, contendo um total de 186 páginas, que incluía centenas de fotografias.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do ‘deus sol’. O lugar foi elevado à categoria de Patrimônio Mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Mais Hoje na História:
23 de julho de1952: Revolução derruba rei do Egito e proclama a república
22 de julho de1946 – São redigidos os primeiros estatutos da OMS
21 de julho de1925 – Professor é condenado por ensinar a teoria da evolução nos EUA
O Peru é o berço da civilização Inca, cujas marcas estão espalhadas pelo país, representadas nas sagradas ruínas de Machu Picchu, nos templos grandiosos e na natureza exuberante de Inca.
No dia 7 de julho de 2007, em Lisboa, estádio da Luz, Portugal, o monumento foi eleito e considerado oficialmente como uma das sete maravilhas do Mundo.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL