Atualizada às 14h36
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (21/03), Michel Temer, ex-presidente da República. Temer estava em São Paulo e será levado ao Rio de Janeiro, onde fará exame de corpo de delito. O ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco também foi preso, assim como o coronel Lima, apontado como operador de Temer e amigo pessoal do ex-presidente.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Ao todo, foram expedidos oito de prisão preventiva (contra Temer, Lima, Franco, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale e Carlos Alberto Montenegro Gallo), dois de prisão temporária (Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann) e 24 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e Distrito Federal.
De acordo com a polícia, “a investigação decorre de elementos colhidos nas Operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade, deflagradas anteriormente e, notadamente, em razão de colaboração premiada firmada pela Polícia Federal”.
Desde quarta-feira (20/03), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.
A defesa de Michel Temer disse que entrará com pedido de habeas corpus para tentar libertar o ex-presidente.
Temer governou o Brasil entre 2016, após o golpe parlamentar contra a então presidente Dilma Rousseff, e 2019, quando entregou o cargo ao atual presidente, Jair Bolsonaro. Ao sair da Presidência, Temer perdeu o foro privilegiado. Ao longo de sua trajetória política, Temer foi presidente da Câmara dos Deputados, secretário da Segurança Pública e procurador-geral do estado de São Paulo.
(*) Com Brasil de Fato e Agência Brasil
Antonio Cruz/Agência Brasil
Temer foi preso pela Polícia Federal nesta quinta