Depois de impasse de semanas entre o Coletivo de Proteção Civil da Embaixada, como se chamam os apoiadores de Maduro, e adeptos do líder da oposição Juan Guaidó, fora do território diplomático venezuelano, autoridades dos EUA tentaram tirar os ocupantes do prédio cortando a energia.
O blecaute teria sido ordenado pelo “embaixador” de Guaidó, Carlos Vecchio, que, de acordo com tweet de uma jornalista pró-Guaidó, teria ordenado o corte “da luz dos invasores que saquearam nossa sede diplomática nos Estados Unidos”.
Na semana passada, o Departamento de Estado dos EUA ordenou a saída dos ativistas, se referindo a eles como transgressores da lei e ressaltando que o autoproclamado presidente interino tem autoridade legal sobre a embaixada.
Um dos membros do grupo que está na embaixada, o jornalista independente Alex Rubinstein, escreveu no Twitter que a falta de eletricidade não impedirá que realizem missão: proteger a embaixada do golpe e do domínio dos apoiadores de Guaidó.
“Nós estávamos esperando isso, víamos nos preparando e não vamos sair”, diz o ativista, em plena escuridão dentro da embaixada. Ele chama de irônica a comparação do apagão com os alegados ataques energéticos dos EUA à Venezuela.
Anteriormente, Caracas acusou Washington de sabotagem e de ter iniciado uma guerra energética contra a Venezuela após o país ter sofrido vários blecautes. “Nós vamos resistir. Vamos continuar aqui em solidariedade ao povo venezuelano e ao governo eleito da Venezuela”, diz o ativista no vídeo.
O coletivo afirma ter recebido a permissão do MRE venezuelano para se instalar após os últimos diplomatas leais a Maduro voltarem a Caracas no fim de abril depois de serem expulsos pelos EUA. Depois da tentativa de golpe no dia 30 de abril, as tensões na embaixada pioraram.
Na sexta-feira (03/05), o congressista republicano Scott Tipton pediu ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, para que expulse o coletivo pró-Maduro, mas, até então, a força não foi aplicada por Washington.
Perto da embaixada, foi feita uma corrente de ativistas pró-Guaidó para impedir que pessoas entrassem na embaixada com comida e suprimentos básicos. Vários ativistas foram detidos brevemente enquanto tentavam passar comida para as pessoas que estão vivendo na embaixada.
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Manifestantes ocupam embaixada da Venezuela nos EUA para defender governo de Maduro