O Sindicato de Professores do Chile anunciou nesta terça-feira (23/07) o fim da greve que se prolongou por quase dois meses de paralisação dos profissionais.
Com a participação de 20,379 professores, equivalente a 50% dos registrados na categoria, a opção de encerrar a paralisação obteve 67% dos votos contra 32.6% que preferiam manter a greve até que o governo chileno cumprisse com os docentes e estudantes.
“Foi um movimento extraordinário, ninguém imaginava as marchar numerosas que convocamos. O movimento obrigou um governo soberbo e arrogante a melhorar seu tom, para que nos trate com respeito. Seguremos exigindo nossos direitos”, disse Mario Aguilar, presidente da organização.
Aguilar destacou a organização, compromisso e solidariedade da população chilena durante as jornadas da greve em várias regiões do país, ao mesmo tempo que reiterou seu inconformismo com as propostas, especialmente trabalhistas, do Executivo para o sindicato dos professores.
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‘Movimento obrigou um governo soberbo e arrogante a melhorar seu tom, para que nos trate com respeito’, disse presidente do sindicato
Entre suas exigências, os docentes pedem melhorias salarias, encerramento da proposto de mudança curricular por parte do Estado que deixa como matérias optativas História, Educação Física e Artes nos dois últimos anos do Ensino Médio, e o pagamento de adicional para professores diferenciados e educadores de primeiro ano.
Por sua vez, a ministra da Educação, Marcela Cubillos, insistiu na precareidade de recursos para cumprir as exigências do sindicato. Cubillos foi criticada pelas agressões contra estudantes e professores, sofrendo uma redução em seu apoio de 32% para 23%.