O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (17/11) que ordenou que os diplomatas do país em solo boliviano deixassem o local. A ordem veio após a ministra das Relações Exteriores do governo autoproclamado da Bolívia, Karen Longaric, romper relações com os venezuelanos.
“Quarenta e oito horas atrás, ordenei que todo o pessoal diplomático saísse do país”, disse Maduro durante um discurso na Filivien, a Feira Internacional de Livros da Venezuela. Segundo ele, os funcionários da embaixada da Venezuela na Bolívia receberam ameaças pessoais.
Os diplomatas venezuelanos deixaram a Bolívia como foram ordenados, depois de terem sido declarados personae non gratae por La Paz, segundo o presidente.
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Em 15 de novembro, Longaric anunciou o fim das relações diplomáticas com o governo de Maduro, assim como a saída da Bolívia da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).
Presidencial Venezuela
Maduro ordenou saída de diplomatas venezuelanos da Bolívia
Em outubro de 2019, Morales obteve uma vitória decisiva no primeiro turno da eleição presidencial, mas seu principal oponente, Carlos Mesa, se recusou a reconhecer os resultados.
Em 10 de novembro, as Forças Armadas bolivianas instaram Morales a renunciar por causa da estabilidade do país. Como resultado, ele renunciou no mesmo dia. Morales deixou o país e exilou-se no México.
As principais autoridades políticas da Bolívia também renunciaram. Na terça-feira (12/11), Jeanine Añez, vice-presidente do Senado boliviano, declarou-se presidente interina do país. O Tribunal Constitucional da Bolívia reconheceu sua reivindicação como legítima, em que pese o fato de ter se autoproclamado.
Desde então, Añez tem aplicado sua visão sobre a política externa do país, por exemplo, reconhecendo Juan Guaidó, o líder da oposição venezuelana, como o presidente legítimo da Venezuela.