As candidatas que vão disputar a prefeitura de Lima nas eleições municipais e regionais deste domingo (3/9) no Peru, a esquerdista Susana Villarán e a conservadora Lourdes Flores, terminaram suas campanhas com comícios concorridos.
Considerada um “fenômeno” eleitoral por ter saído de um patamar de 5% das preferências para alcançar a liderança das pesquisas, Villarán, disse ontem à noite que a sua foi uma luta de “Davi contra Golias”.
Nesse sentido, rejeitou as mentiras que, segundo ela, Flores criou em torno de sua campanha. De acordo com a concorrente, Villarán fecharia hospitais pertencentes ao município de Lima, se ganhasse a presidência, e que apoia o consumo de drogas.
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“Eu não minto”, garantiu ela. “A candidata do medo quis convencê-los, mas não pode”, completou.
Durante seu discurso, realizado na companhia de atores de uma série da televisão peruana, a ex-ministra da Mulher destacou a austeridade de sua campanha e garantiu que não foi financiada por grupos poderosos.
Postulante pelo partido Força Social, ela denunciou ser “vítima” de uma “guerra suja” feita pelo PPC (Partido Popular Cristão), de sua concorrente.
Flores declarou ontem à noite que “estamos tranquilos, vemos o futuro, a vitória este domingo”. Flores prometeu que, se chegar à prefeitura, vai supervisionar os prefeitos dos distritos da capital para que deem títulos de propriedade aos assentamentos.
“Peço um voto responsável. Não permitamos que regresse o temor do passado, não permitamos que quem vá contra o progresso chegue ao poder”, enfatizou Flores em seu comício. Segundo as últimas pesquisas, ela tem 28% das pretensões de voto, enquanto Villarán possui 40%.
Flores, de 50 anos e três vezes candidata à presidência, denunciou há um mês ter sido vítima de espionagem telefônica, depois que o jornalista Jaime Bayly revelou em seu programa de televisão conversas entre ela e dirigentes de seu partido, evidenciando estar preocupada com a subida de Villarán nas pesquisas.
Neste domingo, 19 milhões de peruanos poderão comparecer às urnas para eleger presidentes e conselheiros de 25 regiões, além de prefeitos e governantes em 195 províncias e 1.834 distritos.
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