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Política e Economia

Presidente peruano, Pedro Castillo, abandona partido Peru Livre

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'Tal decisão obedece a minha responsabilidade como presidente de 33 milhões de peruanos', disse chefe de Estado em carta

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-01T15:15:00.000Z

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O presidente Pedro Castillo apresentou, nesta quinta-feira (30/06), sua renúncia irrevogável ao partido Peru Livre, pelo qual foi eleito no ano passado. "Respeito o partido e as bases construídas na campanha. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando e promovendo as mudanças contidas no programa Bicentenário em um país democrático e junto de todos os peruanos", publicou o chefe de Estado.

O desligamento atende a um pedido da comissão política da legenda, que acusou Castillo de romper com a unidade partidária em comunicado publicado na terça-feira (28/06). Segundo Vladimir Cerrón, presidente do Peru Livre, o mandatário peruano estaria promovendo outras desfiliações para fraturar o partido.

"Também destacamos que as políticas empreendidas pelo seu governo não têm consequência com o que foi prometido durante a campanha eleitoral e menos ainda com o programa partidário, implementando um programa neoliberal que saiu perdedor", afirmam em comunicado. 

A deputada Margot Palacios declarou a meios locais que o presidente lhe havia oferecido cargos em ministérios em troca da desfiliação. Peru Livre possui a maior bancada do Congresso com 37 parlamentares. 

Pedro Castillo se filiou ao partido Peru Livre em setembro de 2020, depois de ganhar visibilidade nacional ao liderar uma greve nacional de professores.

Em um ano de gestão, o presidente peruano alterou seu gabinete ministerial em cinco ocasiões. Em cada uma das reformas, os partidários do Peru Livre e outras legendas de esquerda que apoiaram a sua candidatura, como Novo Peru, foram perdendo espaço no governo. 

Flickr
Pedro Castillo apresentou, nesta quinta-feira (30/06), sua renúncia irrevogável ao partido Peru Livre, pelo qual foi eleito no ano passado

O anúncio presidencial acontece no mesmo momento em que o país vive uma nova greve de trabalhadores do transporte. Os sindicatos exigem a diminuição do preço dos combustíveis e novas políticas que garantam 80% de subsídio. Há três dias, sindicatos de trabalhadores do transporte bloqueiam rodovias nas regiões de Arequipa, Cusco, Puno e Ica. Somente na capital Lima, há 16 mil ônibus estão parados na garagem, segundo a Câmara de Transporte Urbano.

Os caminhoneiros também anunciaram que irão aderir à greve, a partir de julho, exigindo a regulamentação do preço dos pedágios, redução do preço do diesel e restituição do transporte de mercadorias como serviço público. O litro da gasolina custa 4,05 soles (cerca de R$ 5,60), enquanto o diesel está a 3,38 soles o litro (R$ 4,69) - registrando um incremento de cerca de 40% somente em 2022. Segundo o governo, o principal motivo seria o aumento do preço internacional do combustível e os impactos da pandemia.

O presidente do partido Peru Livre, Vladimir Cerrón, defende que somente uma nova constituição poderá resolver os problemas dos grevistas. A reforma constitucional era uma das principais propostas de campanha de Castillo. Em abril, a deputada Margot Palacios apresentou um projeto de lei para a convocatória de uma Assembleia Constituinte no Peru. A proposta não foi aprovada pelo Congresso.

A Carta Magna peruana foi aprovada durante o regime de Alberto Fujimori, em 1993, e não possui qualquer mecanismo que preveja sua reforma por meio de consulta popular. Fujimori assumiu o poder em 1990 e permaneceu dez anos no comando do Peru após realizar um autogolpe e, com apoio da cúpula militar, fechar o Congresso do país. O ex-ditador foi condenado a 25 anos de prisão por crimes de lesa humanidade.

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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