As Forças Armadas de Israel (FDI) lançaram nesta terça-feira (10/10) “ataques sem precedentes” em Gaza, ao mesmo tempo em que reconheceram obter o “controle total” da área ao redor da fronteira em conflito.
“Não houve infiltrações de Gaza durante a noite”, notificou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, informando também que corpos de 1.500 palestinos foram encontrados na região.
“Ao entrarmos no quarto dia de guerra, estamos preparados para o combate em todas as frentes e fronteiras. Esta noite conduzimos um ataque sem precedentes em Gaza“, instou.
Os ataques, identificados nas regiões de Rimal e Khan Yunis, fazem parte de um novo método do exército sionista contra os palestinos, identificados como “ataques em ondas”. “Dezenas de aeronaves realizaram ataques aéreos a cada 4 horas nas últimas 36 horas”, completou o representante.
Além das ofensivas por terra, o Exército Israelense afirmou que a marinha do país também está ativa. “Os terroristas do Hamas não encontrarão abrigo em Gaza, nós os encontraremos onde quer que estejam. Estamos criando um “muro de ferro” de tanques, helicópteros e aeronaves, e a nossa política é que qualquer pessoa que se aproxime dele será neutralizada”, ameaçou Hagari.
As FDI alegam que os ataques são realizados contra “milhares de alvos terroristas utilizando todos os dados de inteligência para maximizar os danos contra o Hamas”, mas segundo o jornal Al Jazeera, 830 palestinos, entre militares e não-civis já foram mortos.
Twitter/צבא ההגנה לישראל
Ataques, identificados nas regiões de Rimal e Khan Yunis, fazem parte de um novo método do exército sionista contra os palestinos
Israel ‘consegue enfrentar sozinho’ as ameaças
No mesmo comunicado, o porta-voz da FDI afirmou que “existe uma grande coordenação entre as forças dos Estados Unidos e de Israel”.
Tal afirmação é respaldada pela declaração do presidente norte-americano, Joe Biden, no sábado (07/10) – mesmo dia do início da contra-ofensiva palestina – afirmando que Washignton fornecerá toda a ajuda necessária para Israel.
Porém, Hagari afirmou, mediante outros países do Ocidente que “manifestaram uma vontade significativa de ajudar Israel”, que as FDI são “capazes de enfrentar sozinhas as suas ameaças”.
“Não faltam equipamentos, alimentos ou água no estado de Israel. 300.000 reservistas compareceram ao serviço durante 48 horas. Equipamentos não nos faltam, todos receberão tudo o que precisam, estamos levando esse assunto muito a sério”, completou.
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