Após um pedido da monarquia do Bahrein, a Arábia Saudita enviou nesta segunda-feira (14/03) cerca de mil militares para o país. As tropas,a serviço do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), bloco de países da região formado também por Kwait, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos, devem tentar conter a onda de protestos que, a exemplo de outras revoltas no mundo árabe, exigem reformas e mais liberdade.
“As tropas do Conselho de Cooperação do Golfo chegaram ao Bahrein para manter a ordem e a segurança”, disse Nabeel al-Hamer, ex-ministro da Informação e conselheiro do rei Hamad al-Khalifa. No Bahrein, uma monarquia sunita governa uma ampla maioria xiita.
“Qualquer intervenção militar estrangeira será considerada uma ocupação e um ato de guerra”, disse um porta-voz do movimento contrário ao rei à AFP.
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Segundo reportagem do jornal Gulf Daily News, ligado ao governo, as tropas devem apenas proteger locais estratégicos. “A missão (das tropas) será limitada a proteger pontos vitais, como instalações de combustível, eletricidade e água, e serviços bancários e financeiros”, diz o texto.
Os protestos da minoria xiita do Bahrein voltaram a ganhar força no final de semana após a oposição bloquear estradas e voltar a enfrentar a polícia no domingo. No mês passado, ao menos sete pessoas morreram em confronto com as forças de segurança.
Os manifestantes xiitas chegaram a ocupar a Praça das Pérolas, no centro de Manama, para exigir igualdade de direitos e o fim da monarquia. Eles formam cerca de 70% da população do reino, governada pela monarquia sunita ligada à Arábia Saudita. O Bahrein tem uma posição estratégica no Golfo Pérsico e sedia a 5ª frota da Marinha norte-americana.
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