Após reunir-se nesta quarta-feira (10/08) com representantes dos países que formam o Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (IBAS), o presidente da Síria Bashar al Assad reconheceu ter cometido “erros” de suas forças de segurança.
Em comunicado emitido pela delegação indiana diante da ONU, o presidente sírio afirma que esses erros ocorreram na fase inicial dos “protestos e que estão sendo realizados esforços para evitar sua repetição”, afirmou o comunicado emitido pela delegação indiana diante da ONU.
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Segundo uma declaração conjunta dos representantes do IBAS, o presidente sírio disse que o processo de revisão da Constituição será concluído entre fevereiro e março do próximo ano.
No mesmo dia, o governo sírio retirou seus tanques da cidade de Hama,a tendendo a pedidos da comunidade internacional. Entretanto, lançou paralelamente uma forte ofensiva contra Homs, provocando pelo menos 17 mortes, e deu início a uma vasta campanha de detenções de opositores em todo o país.
O porta-voz do grupo opositor Comitês Locais de Coordenação, Omar Edelbe, disse que as vítimas morreram em “uma grande ofensiva do exército sírio nos bairros de Baba Amro e Al Inchaat”.
Edelbe afirmou também que dezenas de pessoas ficaram feridas no ataque, a maioria delas em estado grave, devido a disparos de metralhadoras e outras armas pesadas.
Horas antes, o ministro de Relações Exteriores sírio, Walid al Muallem, declarou que o exército havia se retirado definitivamente do centro de Hama.
“Nosso embaixador nos confirmou que os tanques se retiraram de Hama”, disse em Ancara o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que atribuiu esta saída das tropas à “positiva influência” de seu país e à reunião que seu ministro de Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, teve ontem em Damasco com o presidente sírio, Bashar Al Assad.
A ofensiva contra Hama, que deixou dezenas de mortos, relembrou cenas de um massacre ordenado em 1982 por Hafez al Assad, pai do atual líder da Síria, no qual morreram entre 10 mil e 40 mil pessoas.
Quanto à ampla campanha de prisão de opositores, Edelbe denunciou detenções indiscriminadas em Idleb, entre elas as de duas crianças de 11 e 14 anos, mas não informou o número exato de detidos.
Os militares sírios também lançaram uma campanha de detenções a ativistas em Deir ez Zor, onde os tanques disparam contra o minarete da mesquita Ozman bin Afan.
Além disso, dezenas de pessoas foram detidas pelas forças de segurança em várias regiões na província de Rif Damasco, e em protesto todas as lojas da localidade de Sebqa fecharam suas portas.
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