Após o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ter pedido desculpas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelo abatimento de um caça russo pelas forças áreas turcas em novembro do ano passado na fronteira entre Turquia e Síria, o mandatário russo anunciou nesta quarta-feira (29/06) que irá remover as sanções econômicas que havia determinado contra o país europeu.
De acordo com o Kremlin, Putin instruiu ao governo que retire a sanções e retome negociações com as autoridades turcas para “restaurar a mutualmente benéfica cooperação bilateral na economia, no comércio e em outras esferas”.
Agência Efe
Putin durante cerimônia oficial; nesta quarta, Kremlin informou que presidente russo irá remover sanções econômicas contra Turquia
Os dois presidentes também conversaram por telefone na terça-feira (28/06) e decidiram se encontrar pessoalmente para “resumir a colaboração em questões internacionais e regionais, assim como o desenvolvimento das relações Rússia-Turquia”, segundo nota do Kremlin.
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“Os dois líderes, sublinhando sua decisão de reavivar as relações bilaterais, lutar juntos contra o terrorismo, acordaram seguir em contato e manter uma reunião pessoalmente”, afirmou o comunicado sem, no entanto, especificar quando se dará esse encontro.
Telephone conversation with Turkish President: condolences on terrorist attack, developing bilateral relations
— President of Russia (@KremlinRussia_E) 29 de junho de 2016
Nesta segunda-feira (27/06), Erdogan enviou uma carta a Putin se desculpando pela derrubada de um caça russo e a morte de seu piloto, assassinado em território sírio por milícias turcomanas opositoras ao mandatário sírio Bashar al-Assad — aliado de Putin e rival de Erdogan.
Na mensagem, o presidente turco ainda afirmou que as autoridades já estão investigando o cidadão suspeito de ter matado o piloto e disse, por fim, não querer estragar as relações com a Rússia, a quem chamou de “amigo e parceiro estratégico”.
Na ocasião do abatimento do caça, a Rússia reagiu com uma série de sanções econômicas contra Ancara, desde as restrições às importações de alimentos até a proibição a operadoras de turismo de vender viagens à Turquia, que recebia até então milhões de turistas russos todos os anos.