A China anunciou nesta sexta-feira (26/03) uma série de sanções contra nove pessoas e quatro entidades do Reino Unido por conta de declarações britânicas sobre a suposta violação dos direitos humanos da minoria uigur em Xinjiang.
A nota oficial do governo destaca que o embaixador britânico em Pequim foi convocado para que os chineses “expressassem firme oposição e uma forte condenação” contra a atitude do governo de Boris Johnson.
“A China está determinada com firmeza a proteger sua soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento, e avisa o Reino Unido para que não vá mais longe no caminho errado, pois, caso contrário, a China terá novas reações”, diz o documento.
A medida foi uma resposta às punições aplicadas por Londres contra Pequim recentemente, em um ato que envolveu também a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá. Os ocidentais puniram uma série de líderes políticos e empresários acusando-os de serem responsáveis por torturar e discriminar os membros da minoria muçulmana.
Os punidos foram cinco deputados do Partido Conservador (Iain Duncan Smith, Nusrat Ghani, Tim Loughton, Tom Tugendhat e Neil O’Brien), dois membros da Câmara dos Lordes (a trabalhista Helena Kennedy e o liberal-democrático David Alton), o advogado e especialista em direitos humanos, Geoffrey Nice, e a pesquisadora Jo Smith Finley, que estuda a minoria uigur em Xinjiang.
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‘A China está determinada com firmeza a proteger sua soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento’
Eles não poderão viajar para a China, Hong Kong ou Macau, não poderão ter qualquer tipo de troca, acadêmica ou não, com instituições de ensino ou financeiras chinesas e não poderão ter qualquer tipo de bem ou investimento no país.
Após a publicação, o primeiro-ministro britânico condenou as sanções. “A liberdade de falar para se opor ao abuso é fundamental e eu estou firmemente ao lado deles”, acrescentou. Para protestar, os britânicos também convocaram o embaixador chinês.
*Com Ansa