Van Jones, assessor para meio ambiente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renunciou ao cargo após a polêmica por ter apoiado a uma organização que acusa altos cargos do anterior governo de terem deliberadamente permitido os atentados do dia 11 de setembro de 2001 para poderem entrar em guerra, informou a Casa Branca neste domingo (6).
Jones deixou o cargo no Conselho de Qualidade Meio Ambiental, no qual se encarregava de coordenar o trabalho das agências governamentais para a criação de “empregos verdes”. A polêmica surgiu quando se divulgou que Jones tinha assinado em 2004 um pedido para investigar o envolvimento do então presidente norte-americano, George W. Bush, nos atentados do 11 de setembro.
Jones, que pediu desculpas publicamente há uma semana, assegura no comunicado que foi objeto de “uma campanha” de “mentiras” dos adversários das “históricas reformas dos sistemas sanitário e energético” propostas por Obama. Na nota ele escreve que o governo não pode perder “seu precioso tempo” para explicar o passado de um funcionário.
Perguntado sobre o assunto na sexta-feira passada, o porta-voz de Obama tinha assegurado que Jones contava com a confiança do presidente e que continuava trabalhando no governo.
Antes de fazer parte da administração Obama em 2009, Jones escreveu o livro The Green Collar Economy – A Economia do Colarinho Verde, em tradução livre – e co-fundou diversas organizações sem fins lucrativos, como o Centro Ella Baker para Direitos Humanos e o “Verde para Todos”.
Seu envolvimento em 1990 com um grupo chamado Standing Together to Organize a Revolutionary Movement (Ficando Juntos para Organizar um Movimento Revolucionário) gerou diversas acusações de associação com comunistas por parte dos críticos do governo. O grupo, segundo um escrito post-mortem de um de seus fundadores, era anticapitalista e antiguerra, e objetivava alcançar “solidariedade entre todas as pessoas” com “ação militante direta”.
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