A organização Escoteiros dos Estados Unidos considera eliminar a tradicional proibição à incorporação de jovens ou à presença de chefes de patrulha que se declarem homossexuais.
Segundo o canal de TV “NBC”, a organização nacional deverá tirar essa proibição de suas regras em todo o país, deixando a decisão nas mãos das organizações locais.
“As organizações credenciadas que supervisionam e oferecem a atividade dos escoteiros aceitarão membros e dirigentes de maneira coerente com a missão, os princípios e as crenças religiosas dessas organizações”, declarou à “NBC” o porta-voz da organização nacional, Deron Smith.
No ano passado, após muita discussão interna durante dois anos, os Escoteiros ratificaram sua política que proibia a presença de homossexuais.
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Aos protestos dos que defendem a igualdade de direitos dos homossexuais se somaram em meses recentes as advertências de empresas patrocinadoras das atividades dos Escoteiros. O presidente dos EUA, Barack Obama, também declarou ser oposto à proibição.
A empresa farmacêutica Merck, entre outras, retirou seu financiamento da organização de Escoteiros devido à exclusão dos homossexuais.
Depois que uma chefe de patrulha em Ohio ter sido destituída por ser homossexual, o presidente da telefônica AT&T, Randall Stephenson, e o presidente da firma de auditorias e contabilidade Ernest and Young, James Turley, indicaram que fariam esforços para derrogar a proibição.
A “NBC” indicou que o anúncio oficial pode ser feito já na próxima semana.
Com 2,7 milhões de crianças e adolescentes e mais de um milhão de voluntários, os Escoteiros são uma das maiores organizações juvenis dos EUA. Desde sua fundação, em 1910, mais de 110 milhões de jovens foram membros desta associação.