Reprodução/Wikicommons
Papa Bento XVI durante sua primeira Jornada Mundial da Juventude na cidade de Colônia, Alemanha, em 2005
Antes de anunciar a renúncia ao cargo de líder da Igreja Católica na manhã desta segunda-feira (11/02), o papa Bento XVI tinha visita programada para o Brasil no próximo mês de julho, quando iria participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 daquele mês.
Joseph Ratzinger anunciou em carta, nesta segunda-feira (11/02), que, por não reunir mais condições físicas, deixará suas funções em 28 de fevereiro. Ele assumiu o pontificado em 28 de fevereiro, substituindo o polonês João Paulo II. O último papa a abdicar de seu pontificado foi Gregório XII (1406-1415), aos 88 anos, após ajudar a resolver a crise do cisma da Igreja Católica, reunificando a Igreja em torno de um único papa.
No ano passado, Bento XVI tinha já dito que estava “na última etapa da vida”, abrindo espaço para especulações sobre a saída.
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Organizada a cada dois a três anos, a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) foi instituída em 1985 para celebrar a religião e reúne milhões de católicos, em especial jovens em uma cidade-sede. No evento são realizadas missas, orações, palestras e shows. Nos anos intermediários, elas são celebradas localmente durante o Domingo de Ramos.
Sua origem remete ao ano de 1984, quando o então papa João Paulo II celebrou, na Praça São Pedro, em Roma, um evento chamado Encontro Internacional da Juventude. Outro encontro foi celebrado no ano seguinte, aproveitando o fato de 1985 ter sido declarado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Na mesma ocasião, o papa anunciou a instituição da Jornada. A primeira edição, em 1986, foi em Roma.
Essa será a primeira edição da JMJ no Brasil, a segunda na América Latina – em 1987, ela foi celebrada em Buenos Aires. Em 2005, pouco após assumir o pontificado, Bento XVI participou do encontro em sua cidade natal, Colônia, na Alemanha.
O próximo encontro deverá ocorrer já com o novo pontífice, cuja nomeação deverá ocorrer no mês de março, segundo estimativas da própria Igreja.