O Ministério da Saúde do Brasil anunciou nesta quarta-feira (21/08) que o país receberá quatro mil médicos cubanos – 400 deles neste final de semana – após termo de cooperação firmado com a Opas (Organização Panamericana de Saúde). Eles estarão incluídos no programa federal Mais Médicos, que visa suprir a ausência de profissionais (tanto brasileiros quanto estrangeiros) na rede pública de saúde em áreas carentes e do interior do país.
A Opas é um órgão pertencente à OMS (Organização Mundial da Saúde), que têm parcerias para o envio de médicos com outros países.
Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a contratação de 4 mil profissionais cubanos
Esses profissionais serão direcionados para 701 cidades que não foram escolhidas por nenhum profissional na primeira etapa do programa, lançada em julho desse ano pela presidente Dilma Rousseff. Oitenta e quatro por cento dessas localidades situam-se nas regiões Norte e Nordeste.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o governo brasileiro pagará à instituição o valor equivalente à remuneração dos demais profissionais contratados pelo programa (R$ 10 mil), e a organização repassará esse dinheiro para o governo cubano. O valor total do acordo é de R$ 511 milhões até fevereiro de 2014.
NULL
NULL
Ao contrário dos pmédicos que se inscreveram na primeira do programa, os cubanos não escolherão as cidades para onde serão enviados. No entanto, poderão usufruir dos mesmos benefícios, como auxílio-moradia e alimentação, arcados pelas respectivas prefeituras.
Segundo Padilha, todos esses profissionais têm residência em medicina da família, além de pós- graduação em outras especialidades.
Em maio, antes do Programa Mais Médicos, o Ministério de Relações Exteriores havia anunciado um acordo para contratações de até seis mil cubanos.
Na primeira edição, o Programa Mais Médicos selecionou 1.618 profissionais para atuar em 579 postos da rede pública em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma brasileiro e 522 são médicos formados no exterior. Os participantes do programa correspondem a 10,5% dos 15.460 profissionais necessários, segundo demanda apresentada pelos municípios. O balanço foi divulgado hoje (14) pelo Ministério da Saúde.
Segundo Padilha, o segundo grupo de cubanos, com 2 mil profissionais, chegará em 4 de outubro para participar da segunda rodada de avaliações. A data foi escolhida para coincidir com o período em que serão avaliados nas universidades os profissionais brasileiros e estrangeiros do Mais Médicos. O último grupo de cubanos (com 1,6 mil) deverá chegar até o final de novembro.