O Camboja pediu oficialmente nesta segunda-feira (7/2) que a ONU intervenha no conflito de fronteira com a Tailândia. Após a nova troca de tiros entre os dois países, o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, fez um apelo para que a ONU estabeleça uma “zona tampão” na fronteira.
“Precisamos que as Nações Unidas enviem tropas aqui para criar uma zona tampão e impedir novos confrontos”, afirmou Hun Sen.
O Camboja e a Tailândia disputam uma área fronteiriça onde está localizado o templo hindu Preah Vihear, de 900 anos, reivindicado pelos dois países. Na noite de domingo (6/2), cambojanos e tailandeses ignoraram um cessar-fogo anunciado na véspera e trocaram tiros.
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Nesta manhã, um novo tiroteio foi registrado, segundo Hun Sen. Este é o quarto dia consecutivo de conflitos, que ao todo já deixou sete mortos. Anteriormente, diplomatas dos dois países já haviam enviado cartas à ONU, acusando-se mutuamente do início dos disparos.
Para a Tailândia, os confrontos começaram quando as tropas do Camboja abriram fogo de artilharia, enquanto o governo cambojano atribuiu a uma incursão de soldados tailandeses que responderam com fogo quando foram requeridos pelos cambojanos a retornar ao outro lado da fronteira.
O conflito entre os dois países iniciou-se em julho de 2008, quando a Unesco reconheceu o templo Khmer do século XI como Patrimônio da Humanidade. A Tailândia concorda que o templo está no território cambojano, mas reivindica uma área de 6,4 quilômetros quadrados situada nos arredores. A fronteira entre Camboja e Tailândia nunca foi totalmente delimitada, o que alimenta as divergências sobre a localização exata do templo.
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