Nesta sexta-feira (09/11), os partidos políticos da região espanhola da Catalunha deram início às suas respectivas campanhas eleitorais. Nelas, eles buscarão os votos dos eleitores para o pleito do próximo dia 25 de novembro. O tema do separatismo catalão domina o discurso dos políticos de todos os partidos, aparecendo com destaque nos programas eleitorais de todas as legendas.
Apesar de começar oficialmente apenas nesta sexta-feira, o clima eleitoral já é forte na região desde o último dia 25 de setembro, quando o presidente da comunidade autônoma, Artur Mas, antecipou as eleições e passou a defender abertamente a realização de um referendo no qual o povo catalão possa manifestar sua vontade de permanecer ou de se desvincular da Espanha.
No último dia 31 de outubro, a Junta Eleitoral Central espanhola ordenou a retirada imediata da propaganda elaborada pelo governo da Catalunha que incentivava a população a votar. O vídeo de 30 segundos exibia momentos históricos da região, como os Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992, e incluía imagens da manifestação pró-independência do dia 11 de setembro. Segundo os membros da junta, o vídeo continha uma orientação implícita de voto.
Maioria absoluta
O atual presidente da Catalunha e seu partido, o CiU (Convergência e União), buscam se manter no poder e alcançar a maioria absoluta do Parlamento. Para conseguir esse objetivo, eles precisam eleger 68 dos 135 parlamentares.
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Segundo uma pesquisa divulgada na última quinta-feira (08/11), o CiU emplacaria entre 69 e 71 deputados, conseguindo a maioria da casa. A estimativa foi feita pelo Centro de Estudos de Opinião, órgão ligado ao governo da Catalunha, e não se assemelha ao resultado do Centro de Investigações Sociológicas, também divulgado na última quinta-feira, que aponta igualmente a vitória do partido de Mas, mas fixa sua bancada entre 63 e 65 parlamentares.
Divulgação
O presidente da Comunidade Autônoma da Catalunha, Artur Mas
Apesar de discordarem em relação ao número de deputados do CiU, ambas as pesquisas demonstram o declínio das intenções de votos do PSC (Partido Socialista da Catalunha). A sigla liderada por Pere Navarro deve perder quase metade das 28 cadeiras conquistadas em 2010. Com a queda dos socialistas, o conservador PP (Partido Popular), do presidente de governo espanhol Mariano Rajoy e da candidata contrária à independência Alicia Sánchez-Camacho, deve se consolidar como segunda força na região.