A central sindical Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina convocou uma greve de transportes para esta segunda-feira (18/12) em Buenos Aires. A paralisação começou às 12h do país (13h de Brasília) e tem como objetivo se posicionar contra a reforma da previdência proposta pelo presidente argentino, Mauricio Macri.
Em pronunciamento, o diretor sindical Juan Carlos Schmid afirmou que “a mal chamada reforma da previdência não é mais do que uma redução dos salários dos aposentados” e destacou que “se pela lei não se vota, a greve se levanta”. A CGT ainda declarou que a parlisação durará 24h, mas garantiu o transporte de passageiros urbanos até a meia noite desta segunda-feira.
Metrô e trens de Buenos Aires devem se juntar à paralisação a partir desta terça-feira (19/12). Há relatos de cancelamentos de voos nos aeroportos da capital argentina por conta da greve.
Schmid ainda citou a votação da reforma que acontece nesta segunda-feira na Câmara dos Deputados da Argentina, lembrando que “por mais que seja votado pelo Congresso, a reforma tem uma raiz ilegítima”. O sindicalista também afirmou que para a CGT deveria ser convocado um referendo como uma maneira de solucionar o conflito. A votação da reforma ocorreria na semana passada, porém foi suspensa devido a protestos contrários à sua aplicação.
Reprodução Facebook/CGT
CGT anunciou paralisação de 24 horas dos ônibus em Buenos Aires
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Outras centrais sindicais e partidos de esquerda como a CTA e a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) prometeram manifestações também para a tarde de hoje. Em pronunciamento, o diretor sindical da CGT Héctor Daer disse que a Confederação Geral do Trabalho não irá participar das manifestações.
“Uma vez que a Gendarmaría [Polícia Nacional Argentina] está fora do perímetro, esperamos que eles tenham a prudência que não tiveram no outro dia”, afirmou Daer. Schimid ainda reforçou o apelo contra a violência, dizendo que “é conveniente para o presidente agir sobre o assunto e revisar sua política de segurança interna, pois já temos duas mortes por uma política que é 'primeiro dispare e depois pergunte'”.
Em abril deste ano, a CGT convocou uma greve geral de 24h com intuito de rachaçar as reformas propostas pelo governo Macri.