O ministro de Relações Exteriores do Peru, Rafael Roncagliolo, expressou nesta quarta-feira (14/09) sua insatisfação com a absolvição judicial do ex-presidente da Argentina Carlos Menem (1989-1999).
O ex-mandatário era acusado de envolvimento no contrabando de armas ao Equador, nação com o qual o Peru disputava a região da Cordilheira do Condor em meados da década de 1990.
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“Obviamente isso nos enche de desconforto”, disse Roncagliolo, referindo-se à decisão anunciada na última terça-feira em Buenos Aires, que absolveu Menem e outras 17 pessoas que também eram acusadas pela venda ilegal de armas para a Croácia, que, assim como o Equador, passava por uma situação conflituosa.
A promotoria havia requisitado uma sentença de oito anos para o ex-presidente argentino pelos contrabandos cometidos entre 1991 e 1995, sendo que Menem chegou a ficar preso por seis meses em 2001 por conta deste caso.
Roncagliolo recordou que a presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu desculpas ao Peru durante uma visita oficial feita ao país no ano passado, a primeira de um chefe de Estado argentino em 16 anos. “Nós valorizamos muitíssimo esta declaração”, afirmou o chanceler.
O ministro peruano afirmou que seu país deseja melhorar as relações com a Argentina e uma prova disso foi a visita feita pelo presidente Ollanta Humala a Buenos Aires antes de assumir o cargo, em julho deste ano.
O caso da venda ilegal de armas foi considerado “contrabando qualificado”, já que na época em que teria sido feita a venda, o país estava proibido de comercializar qualquer tipo de armamento, nem ao Equador e nem ao Peru, uma vez que integrava o Acordo de Limites firmado entre Lima e Quito.
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