Familiares dos 33 mineiros presos há 15 dias após um desmoronamento de terra da mina de cobre San José, no norte do Chile, exigiram, com desespero, que seja permitido a eles ajudar nos esforços de resgate. As autoridades se negaram a aceitar a solicitação, explicando as condições de insegurança que apresenta o local, na cidade de Copiapó, a 800 quilômetros de Santiago, e indicaram que mais pessoas poderiam acabar bloqueadas no interior.
“Enquanto governo, não podemos autorizar o ingresso na mina de ninguém, dadas as condições de risco e insegurança que existem hoje”, declarou o subsecretário de Mineração, Pablo Wagner.
Leia mais:
Piñera pede reforço nas ações de resgate
Após acidente, presidente do Chile demite equipe de serviço de mineração
O protesto de cerca de 30 familiares se iniciou assim que fracassou, ontem, mais uma tentativa de estabelecer contato com os trabalhadores através de uma sonda – que adentrou mais de 700 metros sob a terra.
Por se tratar de uma operação complexa e arriscada, “em consequência temos que velar pela segurança de todas as pessoas que fazem trabalhos na mina ou de resgate”, apontou Wagner.
Os parentes disseram que as autoridades “não fazem nada, não podemos removê-los”. “Estamos cansados. Vamos buscar alternativas para que saiam daqui, queiram ou não. Não podemos continuar esperando. Há gente que conhece a mina e que está disposta a entrar”, afirmaram vários deles.
“O mineiro salva o mineiro. Estamos perdendo a fé e não queremos que nossa gente morra”, exclamou uma mulher.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL