O presidente chinês Xi Jinping disse que a China irá doar dois bilhões de doses de vacinas contra a covid-19 até o fim de 2021. A declaração foi feita em discurso na 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (21/09).
Jinping também declarou que o governo doará US $100 milhões para o consórcio Covax Facility, parceria global para acesso equitativo aos imunizantes, e mais 100 milhões de doses de vacinas para países em desenvolvimento.
O mandatário ainda enfatizou a necessidade de tornar as vacinas um bem público global e garantir a acessibilidade de imunizantes em países em desenvolvimento.
“A vacinação é nossa arma poderosa contra a covid-19”, disse o chinês, prometendo ainda US$3 bilhões adicionais em assistência internacional nos próximos três anos para apoiar países na resposta à pandemia e na promoção da recuperação econômica e social.
Em discurso, JInping declarou que “um mundo de paz e desenvolvimento” deve abranger “civilizações de várias formas e deve acomodar diversos caminhos para a modernização”. O dirigente disse ainda que a democracia “não é um direito especial reservado a um país individual, mas um direito que as pessoas de todos os países podem desfrutar”
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‘Sucesso de um país não significa necessariamente o fracasso de outro país’, afirmou o mandatário
Para ele, as disputas entre os países “precisam ser tratadas por meio do diálogo e da cooperação”. Sem mencionar os Estados Unidos, o mandatário declarou que “a intervenção militar de fora e a chamada transformação democrática não acarretam nada além de danos”.
Horas antes, o presidente norte-americano Joe Biden disse que não tinha nenhuma intenção de iniciar uma “nova Guerra Fria”, em clara referência à China.
“O sucesso de um país não significa necessariamente o fracasso de outro país, e o mundo é grande o suficiente para acomodar o desenvolvimento comum e o progresso de todos os países”, acrescentou.
Sobre o compromisso da China de enfrentar a crise climática, Jinping disse que o país se esforçará para alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060 e, junto com o desenvolvimento de energia verde e de baixo carbono, não construirá nenhuma nova usina a carvão no exterior.