A China pediu ao Japão nesta quarta-feira (12/09) que “corrija seus erros” e volte à via da negociação no conflito entre os países pela soberania das ilhas Diaoyu, depois que Tóquio comprou três das ilhotas do disputado arquipélago.
Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, considerou que, neste momento, a “tarefa mais urgente é que o Japão corrija seus erros, reverta a situação e volte à via do diálogo e da negociação para resolver o conflito”.
Depois que o Japão adquiriu as três ilhotas, na terça-feira (11), pelo equivalente a 26,3 milhões de dólares, a China respondeu com o envio de dois navios patrulheiros do Serviço de Guarda Costeira, o que aumentou ainda mais a recente escalada de tensão diplomática entre os países.
“A atual situação é culpa do Japão”, declarou Hong, insistindo que a China tomará as medidas “necessárias” para defender seu território, mas descartou especificar de que natureza poderiam ser e se teriam caráter comercial.
O arquipélago em disputa é formado pelas três ilhas adquiridas pelo Japão, junto com outras duas também desabitadas e três penhascos, um território de sete quilômetros quadrados conhecido como Senkaku pelo Japão, Diaoyu pela China e Tiaoyutai por Taiwan, que também o reivindica como seu.
Embora o Japão alegue que tomou o controle do arquipélago na década de 1890, o regime comunista garante que a China descobriu e batizou pela primeira vez as ilhas e, por isso, são parte de seu território desde a antiguidade.
A disputa territorial sobre estas ilhotas, administradas formalmente pela província japonesa de Okinawa e que poderiam contar com importantes recursos naturais, aumentou ainda mais desde agosto, quando ativistas chineses e japoneses realizaram desembarques não autorizados no arquipélago.