O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, recebeu neste domingo (30/01) uma carta do presidente do Chipre, Dimitris Christofias, na qual expressa o reconhecimento de seu país como um estado livre e independente nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967, informou a agência de notícias oficial da ANP Wafa.
O dirigente cipriota reafirmou na carta as “históricas e profundas” relações entre os dois países e confiou que a região seja testemunha de “uma solução pacífica que garanta um estado independente para o povo palestino com Jerusalém Oriental como sua capital”.
Fontes do Ministério de Assuntos Exteriores de Israel citados pelos sites de jornais locais asseguraram estar investigando a informação e apontaram que não sabiam de nenhum reconhecimento nesse sentido procedente de Nicósia.
“Não temos conhecimento de nenhuma decisão por parte do Chipre que não esteja em linha com a posição da União Europeia, que exorta às partes a resolver o conflito através de negociações diretas e indiretas ao tempo que devem ser evitado adotar medidas unilaterais”, assinalou o funcionário de Exteriores israelense Yossi Levy ao serviço de notícias Ynet.
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Onda de reconhecimentos
Anteriormente, o Paraguai reconheceu o Estado palestino “livre e independente” nas fronteiras prévias à guerra de 1967.
Esse reconhecimento uniu-se ao que nos últimos meses vêm fazendo as nações sul-americanas como o Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Guiana.
Mais de uma centena de países já tomaram tal atitude perante o bloqueio do processo de paz, principalmente pela política de Israel de continuar construindo colônias judias no território ocupado palestino.
O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, ratificou recentemente seu apoio a um Estado palestino em linha com a posição tradicional de Moscou no século passado.
Por enquanto, nenhum país comunitário expressou de maneira individual um reconhecimento formal a um Estado palestino independente com base nas fronteiras de 1967 fora de um marco de negociação com Israel.
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