Os colégios eleitorais na Tailândia fecharam após as eleições antecipadas deste domingo (02/02), nas quais os manifestantes antigovernamentais impediram o voto em 42 das 375 seções em todo o país.
Os opositores bloquearam a votação em pelo menos cinco seções em Bancoc e forçaram a suspensão do pleito em nove províncias do sul ao impossibilitar a entrega de cédulas e urnas eleitorais.
Agência Efe
Líderes opositores pediram no sábado que os protestos fossem pacíficos, mas alguns eleitores foram impedidos de votar
A primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, votou no início da manhã na capital, entre fortes medidas de segurança.
Segundo a Comissão Eleitoral, o voto transcorreu sem incidentes em 333 circunscrições em 68 de um total de 77 províncias, principalmente no norte e no nordeste.
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Cerca de 48 milhões de tailandeses foram convocados às urnas em um clima de tensão devido à violência ocorrida em torno dos protestos nos quais pelo menos dez pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas desde novembro do ano passado.
Após curta e polêmica campanha, 2.423 candidatos de 53 partidos concorreram neste domingo. O Partido Democrata, principal legenda da oposição que não ganhou eleições nas duas últimas décadas, decidiu não participar porque exigia reformas políticas antes do pleito.
O boicote dos manifestantes impedirá a escolha do número suficiente de deputados para formar o novo Parlamento, o que deve obrigar a convocação de novas eleições parciais, em processo que a Comissão Eleitoral estima que poderia se alongar entre três e quatro meses.
Cerca de 200 mil policiais foram desdobrados em todo o país para garantir o desenvolvimento pacífico da jornada eleitoral, dos quais 10 mil somente em Bancoc, apoiados por cerca de 7.000 soldados.
(*) com Agência Efe