Atualizada às 21h11
Durante a primeira reunião ordinária da CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) nesta quarta-feira (03/04), foi aprovada uma moção de repúdio ao presidente em exercício da Venezuela, Nicolás Maduro, por homofobia.
A sessão da CDHM, presidida pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), foi novamente conturbada, com manifestantes contrários à sua permanência na comissão impedidos de entrar. Assim, o evento foi realizado a portas fechadas e sem transmissão pela internet.
A proposta de repúdio a Nicolás Maduro foi apresentada pelo deputado João Campos (PSDB-GO), pois, segundo o parlamentar, Maduro teria feito insinuações sobre a sexualidade de seu adversário nas eleições presidenciais venezuelanas, Henrique Capriles. Durante um discurso em Caracas, no dia 12 de março, Maduro falou: “Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres”. Após a afirmação, o presidente em exercício beijou sua mulher e então procuradora-geral da Venezuela, Cília Flores.
O repúdio apresentado por Campos foi a primeira matéria apreciada na reunião da CDHM e acabou aprovada por unanimidade em votação simbólica. Isso ocorreu, no entanto, porque deputados do PT e do PSOL não têm comparecido às sessões da comissão para boicotar Feliciano.
O deputado federal é alvo de protestos constantes desde que foi eleito presidente da CDHM, no dia 7 de março. Os manifestantes contrários a Feliciano argumentam que não é adequado que ele ocupe o cargo por já ter dado declarações consideradas racistas e homofóbicas.
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