Os congoleses Germain Katanga e Mahieu Ngudjolo Chui disseram hoje (24) no Tribunal Penal Internacional (TPI) não serem culpados dos crimes de que são acusados, entre eles o assassinato em 2003 de civis no leste da República Democrática do Congo (RDC).
O TPI abriu hoje o julgamento dos dois, que são acusados no total de dez crimes, incluindo o recrutamento de crianças-soldado, estupro, destruição, pilhagem e escravidão sexual.
O julgamento de Katanga (foto abaixo), comandante das Forças Patrióticas de Resistência (FPRI) no território de Ituri, e Chui, antigo líder miliciano, é o segundo realizado no TPI, que surgiu em Haia em 2002 como a primeira corte internacional permanente para julgar crimes de guerra e lesa-humanidade.
Michael Kooren/EFE
O primeiro processo, ainda em andamento, é o do congolês Thomas Lubanga, acusado do recrutamento de crianças-soldado também na RDC.
A Promotoria acusa Katanga e Chui de orquestrar e ordenar a suas tropas o ataque e destruição da cidade de Bogoro, em uma ofensiva dirigida contra a etnia hema.
Segundo a acusação, entre janeiro de 2002 e dezembro de 2003 mais de oito mil civis morreram e mais de 500 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas em Ituri pelo conflito na região, onde se enfrentam as etnias hema e lendu.
Segundo a coalizão de ONGs que trabalha com o TPI, 345 vítimas do conflito na RDC participarão do julgamento de Katanga e Chui.
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