O presidente do Equador, Rafael Correa, voltou a insistir neste domingo (17/10) que a Colômbia entregue ao país as informações sobre o bombardeio a um acampamento das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, em março de 2008, que teve como resultado a morte do chefe da guerrilha Raúl Reyes.
Para Correa, esta é uma condição essencial para que as relações entre os dois países se normalizem. Em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo, o presidente equatoriano lembrou que antes de deixar o cargo, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe se comprometeu a repassar informações sobre o ataque, porém até agora o governo equatoriano não teve acesso a mais dados.
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No dia 7 de agosto, Santos entregou ao governo colombiano os discos rígidos dos computadores de Reyes e de Luis Edgar Devia, porta-voz internacional das FARC, porém “aparentemente não podem ser lidos”, disse Correa. “Agora queremos as informações sobre o bombardeio”, acrescentou.
Ainda sobre as relações com a Colômbia, Correa disse que a questão dos refugiados colombianos que vivem no Equador é um problema comum e que esta a hora do governo de Juan Manuel Santos “traduzir em ações concretas” sua promessa de ajudá-los.
“Temos dito que deve haver uma co-responsabilidade no tema dos aproximadamente 50 mil refugiados colombianos e dos mais de 100 mil solicitantes de refúgio. O presidente Santos aceitou o acordo, mas agora é necessário atitude”, disse.
Apesar disso, o presidente elogiou as iniciativas que Santos teve até agora para “normalizar e harmonizar as relações com os vizinhos”. “Nesse sentido ele vem sendo muito decidido, muito correto, inclusive muito audacioso e em pouco tempo melhorou muitíssimo as relações, sobretudo com a Venezuela, o que dá muita alegria à região”, afirmou Correa.
No sábado (16/10), Santos se disse otimista com os avanços na retomada de relações com o Equador, disse que as relações com Correa “vão muito bem” e se mostrou confiante que brevemente os dois países vão reestabelecer plenamente as relações e enfim nomear embaixadores respectivos.
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