A França e as Nações Unidas lançaram nesta quinta-feira (24/10) uma nova operação militar no Mali com o apoio das forças deste país para conter o avanço de grupos insurgentes. O anuncio vem apenas um dia depois de um ataque suicida matar dois soldados da ONU em uma base da missão de estabilização do país.
Em janeiro deste ano, o governo francês decidiu enviar dezenas de tropas para o Mali depois de um pedido do presidente interino do país, Dioncounda Traoré. As forças governistas tentavam reagir à ofensiva da oposição armada que já controlava grande parte do norte do país e avançava em direção ao sul, onde está localizado o centro do poder administrativo malinês.
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Depois de uma rápida vitória contra a insurgência, a França iniciou a retirada de suas tropas do país africano em abril deste ano. Mas, o atentado desta quarta (23/10) junto de outras ações no norte malinês, deram indícios de que a oposição ainda possui forças e pode retomar o controle territorial da área.
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“Junto com o exército do Mali e da Minusma (missão da ONU de estabilização do país), nós engajamos em uma operação de larga-escala na região do rio Niger”, afirmou nesta quinta o porta-voz das forças francesas, o coronel Gilles Jaron.
Cerca de 1.500 tropas estão envolvidas na missão, incluindo 600 francesas, 600 malinesas e 300 da organização internacional. Batizada de “Hydra”, a missão tem como objetivo “pressionar qualquer movimento terrorista para evitar uma ressurgência” – nas palavras de Jaron.
O general afirmou que a missão, mesmo não tendo sido programada, faz parte do processo de estabilização do Mali. “Essa é uma das operações que devem ser conduzidas regularmente”, disse ele.