A nova ofensiva dos Estados Unidos contra os talibãs no Afeganistão provoca diferentes reações nos países aliados. Se por um lado a Espanha aprovou o envio de mais homens, na Holanda o tema gerou tal divergência que derrubou o governo.
A coalizão que governa o país foi dissolvida na madrugada deste sábado depois que os principais partidos que a compõem, o Trabalhista e o Democrata-Cristão, não chegaram a um acordo sobre a ampliação da presença militar do país no Afeganistão, informa a agência Efe.
O primeiro-ministro holandês, o democrata-cristão Jan Peter Balkenende, disse que os partidos da coalizão, também integrada pela União Cristã, perderam a confiança mútua. Em seguida, comunicou sua renúncia à rainha Beatrix.
A crise teve como origem a oposição dos ministros trabalhistas ao pedido da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para que a Holanda prorrogasse a presença de tropas no Afeganistão até 2011. Nesse período, os militares se dedicariam, principalmente, ao treinamento de soldados afegãos.
O trabalhista Wouter Bos esclareceu que a postura de sua legenda foi baseada em uma decisão de 2007, quando o governo, com o apoio da maioria do Parlamento, resolveu que deixaria o Afeganistão no fim de 2010.
Bos destacou que, durante as negociações da coalizão, as alternativas apresentadas pelos trabalhistas não eram levadas em conta. Por esse motivo, após horas de discussões, o partido decidiu abandonar o governo.
Para o primeiro-ministro, a Holanda deveria aceitar sua “responsabilidade” e o pedido da Otan. Mas, devido à falta de avanços nas conversas, iniciadas na sexta-feira, optou-se por dissolver o governo.
Espanha
O governo da Espanha autorizou na sexta o envio de 511 militares e 40 guardas civis como reforço ao contingente do país mobilizado no Afeganistão, conforme tinha aprovado na quarta-feira a Câmara Baixa do parlamento.
O grupo de soldados adicionais é composto por três equipes operacionais e um contingente de reforço aos quartéis-generais da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) estacionada no Afeganistão. A Isaf é mantida pela Otan.
A mobilização da maioria dos 511 militares começará no final do próximo mês de março, mas como missão avançada está previsto que o grupo de 40 guardas civis viaje ainda neste mês.
(Atualizado às 12h18)
NULL
NULL
NULL