O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China acelerou no terceiro trimestre para 8,9%, na comparação com igual período de 2008, ante 7,9% no segundo trimestre, informou a agência nacional de estatísticas hoje (22). O valor acumulado nos nove primeiros meses de 2009, alcançou 3,19 trilhões, um aumento de 7,7% com relação ao mesmo período de 2008.
Os números eram esperados por analistas. O fator fundamental da recuperação chinesa é um pacote do governo de 586 bilhões de dólares – anunciado no final de 2008 – e um volume impressionante de empréstimos para novos bancos, de 1,27 trilhão, este ano. A injeção de capital manteve a indústria a todo vapor, preservou o emprego em nível razoável e permitiu investimentos em infraestrutura.
Analistas observaram que os mercados receiam agora que o crescimento chinês incentive o governo a cancelar os pacotes, bem como uma possível subida dos juros, de modo a conter a inflação, e se atenha a investimentos fixos.
“É tudo uma questão de garantir que a China não exagere no estímulo econômico. A possibilidade de orientações mais fortes aos bancos sobre o crescimento do crédito está aumentando”, disse à Bloomberg Stephen Green, analista chefe para a China do Standard Chartered.
De acordo com Andy Rothman, estrategista da CSLA em Xangai, a China já começou a implementar seu “plano de fuga”, ou seja, “uma redução gradual do nível de estímulo (crédito e gastos com infraestrutura) em resposta ao crescimento do consumo e do investimento privado”.
“O governo tem uma boa oportunidade nos próximos meses de focar na qualidade do crescimento econômico, tendo em vista que ele não é mais uma preocupação para os chineses”, afirmou à Forbes Mingchun Sun, economista na Nomura, em Hong Kong.
Comércio e consumo
O comércio exterior continuou sua tendência de queda com 20,9% (1,55 trilhões), embora a queda tenha sido menor que o acumulado na primeira metade do ano (23,5%).
Sobre as vendas no varejo, principal indicador de consumo, em nove meses alcançaram 1,31 trilhões, o que representa um aumento de 15,1% frente ao mesmo período do ano anterior.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) caiu 1,1% nos três primeiros trimestres do ano, mas no mês de julho os preços deixaram de descer para manter-se como no mês anterior, enquanto em agosto e setembro apresentaram altas respectivas de 0,5% e 0,4%.
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