A passagem de Rafah, entre Egito e a Faixa de Gaza, será reaberta nos próximos dois dias, domingo e segunda-feira (21-22/12). A passagem foi fechada por Cairo no fim de outubro após a explosão de uma bomba na região fazer vítimas fatais entre policiais egípcios, e foi brevemente reaberta no fim de novembro para que pessoas palestinas presas no Egito pudessem voltar para casa.
A embaixada da Palestina do Cairo afirmou em comunicado que, nos próximos dois dias, a travessia será permitida somente em direção a Gaza, para permitir o retorno de pessoas palestinas e o acesso de ajuda humanitária à região. O responsável egípcio pela travessia, Maher Abu Sabha, declarou à agência de notícias Ma'an que está trabalhando para que a passagem seja aberta nas duas direções.
Leia também: Galeria de imagens: Gaza vista por suas crianças
Ainda segundo Sabha, no domingo (21/12) a travessia estará aberta somente para pacientes palestinos que tenham buscado tratamento médico no Egito e pessoas com passaportes estrangeiros, e na segunda-feira (22/12) a travessia será permitida a estudantes registrados junto à unidade do governo egípcio responsável pela passagem.
Agência Efe (05.jun.14)
Palestinos descansam próximos a escombros de praia na Faixa de Gaza
NULL
NULL
No fim de outubro, a explosão de uma bomba na Península do Sinai deixou 31 pessoas mortas e pelo menos 30 feridas. A fronteira permanece fechada desde então, com uma breve abertura no fim de novembro.
Segundo a ONU, mais de 3.500 pessoas palestinas não puderam voltar para casa desde o fechamento da passagem. Muitos palestinos utilizam a passagem de Rafah para estudar em universidades no Egito e também ter acesso a atendimento médico não disponível em Gaza.
A passagem de Rafah é o único acesso a Gaza não controlado por autoridades israelenses e é a principal conexão entre a Faixa e o resto do mundo desde a imposição do bloqueio econômico por parte de Israel, em 2007.
Ataque aéreo
Um avião de guerra de Israel atacou na noite desta sexta-feira (19/12) um posto militar das milícias do movimento islamita Hamas em Khan Yunes, no sul de Gaza, sem que se registrassem feridos, informaram neste sábado (20/12) oficiais palestinos e fontes militares israelenses.
Segundo o Exército israelense anunciou em um breve comunicado, o ataque foi uma resposta à queda, no sul do país, de um projétil disparado de Gaza que não causou danos nem feridos.
É a primeira vez desde o cessar-fogo estabelecido no dia 26 de agosto que o Exército israelense bombardeia o enclave litorâneo depois da operação que causou a morte de mais de 2.100 pessoas, a grande maioria civis palestinos.
*Com informações de Press TV, Ahram Online e Agência Efe