A tensão aumentou na Cisjordânia nesta sexta-feira (02/10) com a chegada de centenas de tropas enviadas por Tel Aviv, após o assassinato de um casal de colonos israelenses perto de Nablus, ao norte do território palestino ocupado.
EFE
Tropas israelenses lançam gás lacrimogêneo durante enfrentamentos entre israelenses e palestinos em Hebron
Ao longo da madrugada, o Exército israelense iniciou uma grande operação de busca dos responsáveis pelo crime. O governo também aumentou hoje a equipe policial em Jerusalém Oriental, na região da Esplanada das Mesquitas, foco de confrontos entres árabes muçulmanos e judeus ultraortodoxos nas últimas semanas.
Na noite de quinta (01/10), o casal de colonos Eitam e Naama Henkin, ambos em torno de 30 anos, estavam dirigindo com suas quatro crianças entre os assentamentos de Itamar e Elon More, quando foram mortos. Os filhos, cujas idades variavam de quatro meses e nove anos, foram encontrados sem nenhum ferimento no banco traseiro do veículo.
Para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,— que está em Nova York e fez discurso contra o líder palestino, Mahmoud Abbas ontem na Assembleia Geral da ONU — o assassinato foi um “incitamento palestino”. Nenhuma organização reivindicou autoria da ação por enquanto.
EFE
Palestinos se mobilizam e queimam bandeira de Israel em meio às hostilidades de judeus ultraortodoxos após morte de casal de colonos
NULL
NULL
Esta madrugada extremistas judeus incendiaram um veículo palestino perto da cidade de Ramallah, também na Cisjordânia, e pintaram muros nas quais exigiam “Vingar os Henkin”, sobrenome dos dois colonos assassinados, confirmou uma porta-voz da polícia israelense.
Em outro ataque na cidade palestina de Beitin, ao norte de Ramallah, uma casa ficou danificada após ser apedrejada supostamente por judeus radicais. Segundo o site israelense YNet, um carro pertencente a uma família palestina também foi alvo de pedras na região.
Além disso, um comandante da Inteligência palestina em Hebron foi também apedrejado quando viajava em seu veículo perto da cidade de Beit Furik, na região onde aconteceu ontem à noite o ataque.
EFE
Equipe policial reforça presença em Jerusalém Oriental, temendo que tensão na Cisjordânia chegue até a Esplanada das Mesquitas