A Rússia vai suspender a norma que permite que cidadãos da Turquia entrem no país sem visto e vice-versa a partir do dia 01 de janeiro de 2016, anunciou o ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira (27/11).
Esta é mais uma medida da Rússia em retaliação à Turquia após o abatimento de um caça russo por forças turcas na última terça-feira (24/11).
Agência Efe
O ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, durante anúncio nesta sexta-feira
A não exigência de visto entre a Rússia e a Turquia foi introduzida em abril de 2011 após um acordo intergovernamental. A medida permite que cidadãos russos permaneçam na Turquia por até 30 dias sem necessidade de visto, e vice-versa.
Também nesta sexta-feira, o Kremlim alertou os cidadãos russos que a Turquia “não é um destino seguro”. A Turquia recebeu cerca de três milhões de turistas russos em 2014. Nesta semana, várias operadoras de turismo russas cortaram relações com estabelecimentos turísticos turcos.
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O caça Su-24 foi abatido por um jato turco F-16 próximo à fronteira entre a Turquia e Síria, onde a Rússia realiza incursões contra opositores do presidente Bashar al-Assad, apoiado pelo Kremlim. A Turquia afirma que o caça entrou em seu espaço aéreo e que emitiu alertas antes de abatê-lo, o que a Rússia nega. O caça caiu no território sírio; um piloto russo foi morto por guerrilheiros sírios ao aterrissar de paraquedas e outro foi resgatado com vida.
A Rússia anunciou na quinta-feira (26/11) uma série de sanções econômicas contra a Turquia, como o controle sobre importações de produtos agrícolas e alimentos provenientes do país. Moscou também cortou relações militares com Ancara e enviou navios antimísseis para a costa síria.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou na quinta-feira (26/11) que a Turquia teria agido diferente caso soubesse que o caça era russo. “Se nós soubéssemos que era um avião russo, talvez tivéssemos alertado de um modo diferente”, disse Erdogan à emissora France 24.
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