A manutenção da união da Escócia com o Reino Unido é o desejo da maior parte da população escocesa, segundo dados das últimas pesquisas divulgadas sobre o referendo que será realizado na próxima quinta-feira (18/09).
O “não”, com 54%, ganharia do “sim”, com 46%, de acordo com levantamento da empresa Survation, divulgado neste sábado (13/09).
Agência Efe
Defensor do “sim”, premiê escocês, Alex Salmond (de gravata vermelha), faz campanha em Edimburgo
A pesquisa, encarregada pela campanha “Better Together” (“Melhor juntos”), que aglutina os três principais partidos britânicos -conservadores, trabalhistas e liberal-democratas-, contrários à cisão, indica que 12,2% dos indagados não decidiram ainda seu voto, a seis dias para o referendo.
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Entre as 927 pessoas que responderam a pesquisa entre 10 e 12 de setembro, 93,1% dos indagados asseguraram que estão decididos a ir às urnas na próxima quinta-feira.
Outro levantamento, do jornal The Guardian, no entanto, mostra uma vantagem ainda menor do “não”, de apenas dois pontos percentuais.
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A firma “YouGov”, por sua vez, publicou no último fim de semana o primeiro estudo que refletia uma tendência aos favoráveis pela cisão, por 51% a 49%.
Desde então, políticos ingleses voltaram suas atenções para a campanha do “não”, que, há alguns meses, tinha 22 pontos de vantagem, e, de acordo com as pesquisas mais recentes, conseguiram virar a disputa.
Agência Efe
David Cameron visitou a Escócia nesta semana na tentativa de atrair votos para a campanha do “não”
O favoritismo era tanto que a Inglaterra optou por uma consulta com apenas duas opções, retirando uma terceira, defendida por líderes escoceses, que previa apenas maior autonomia. Posteriormente, Londres acenou com essa possibilidade, mas já não havia tempo para reformular o referendo.
Neste sábado (13/09), atos pró e contra a independência escocesa foram realizados no país.