A Casa Branca informou nesta segunda-feira (12/03) que não modificará sua estratégia de atuação no Afeganistão, apesar do massacre protagonizado no domingo por um soldado norte-americano que matou 16 civis. A informação sobre o futuro da atuação norte-americana foi anunciada pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
O funcionário afirmou em entrevista coletiva, segundo noticiado pela Agência Efe, que a razão pela qual as tropas dos EUA estão no Afeganistão continua a existir: eliminar a Al Qaeda. Os objetivos norte-americanos, portanto, não vão mudar, segundo informou Carney. “O objetivo dos EUA é eliminar Al Qaeda e estabilizar a situação no Afeganistão para que os terroristas não possam continuar em seu território. E seguiremos trabalhando nisso”, disse.
No domingo, um soldado da Isaf (Força Internacional de Assistência para a Segurança, na sigla em inglês), saiu de Kandahar, um reduto talibã, e matou os moradores de três casas de vilarejos próximos. Os corpos das vítimas, que incluíam nove crianças e três mulheres, foram queimados pelo soldado. Semanas antes, soldados norte-americanos queimaram exemplares do Alcorão, gerando levantes contra os EUA no país.
Nesta segunda, o porta-voz norte-americano lamentou o que aconteceu no Afeganistão, classificando como “trágicos e terríveis” os episódios do fim de semana. Apesar disso, o que os norte-americanos chamam de “luta contra o terrorismo” continua no país. “O presidente está totalmente comprometido para garantir que a Al Qaeda não volte a ser uma ameaça para os EUA nem para seus cidadãos”, disse Jay Carney.
O presidente norte-americano Barack Obama, condenou o ataque, mas isso não é suficiente para acalmar as autoridades afegãs. O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse que o massacre é um fato “inesquecível”. No mesmo dia, o Parlamento afegão ordenou que os norte-americanos envolvidos no massacre tenham um julgamento público.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, as tropas norte-americanas continuam no país, com a mesma atuação, até 2014. Até lá, deve ter prosseguimento a retirada gradativa das tropas, que começou em 2011.
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