Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (30/01), os Estados Unidos endureceram o discurso contra o regime do presidente sírio Bashar al Assad. Para a Casa Branca, a saída de Assad do poder é “inevitável”.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ainda cobrou uma atitude mais enérgica do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que deverá discutir novamente a questão síria nesta semana.
“O Conselho de Segurança deve atuar e deixar claro ao regime sírio que a comunidade internacional vê suas ações como uma ameaça à paz e à segurança. A violência deve acabar para que comece um novo período de transição democrática”, afirmou Hillary, que afirmou temer um “respingo” da instabilidade do país às outras nações da região.
De acordo com a emissora de TV norte-americana CNN, o Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá apresentar uma proposta de resolução ainda nesta semana. No documento, segundo a CNN, o órgão convidará o presidente a renunciar ao cargo.
Hillary afirmou que deverá ir à ONU nesta terça para pressionar uma ação da entidade diante dos conflitos que opõem as forças do governo sírio aos rebeldes.
A secretária de Estado dos EUA será acompanhada por lideranças do Reino Unido e da França, que também deverão cobrar o órgão. “O ministro [Alain Juppé, das Relações Exteriores da França] está em Nova York para convencer o Conselho de Segurança a assumir suas responsabilidades enquanto os crimes contra a humanidade cometidos pelo regime pioram”, disse o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero.
Os países buscam convencer a Rússia e a China a aceitar as resoluções impostas ao regime sírio. Os russos afirmaram na última semana que a resolução proposta pela Liga Árabe contra o regime de Assad era inaceitável.
Em busca de outra resolução para o conflito, a Rússia propôs iniciar um diálogo entre o governo sírio e a oposição. O encontro seria realizado em Moscou e, segundo os russos, a ideia teria sido aprovada pelo regime sírio. Os rebeldes, até o momento, refutaram a ideia.
Os conflitos entre o regime sírio e os manifestantes já duram mais de dez meses e segundo o último informe da ONU já teriam causado a morte de mais de 5 mil pessoas. Na última semana, a alta comissária para os direitos humanos da organização, Navi Pillay, afirmou que já não era possível determinar o número de mortos por conta das dificuldades para se obter informações sobre os conflitos.
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