Domingo, 13 de julho de 2025
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou no Twitter, nesta terça-feira (30/08), que vai chamar o embaixador do país em Brasília caso o impeachment da presidente afastada seja aprovado. Pedir a volta do representante do país é um dos mais graves gestos da diplomacia.

“Se prosperar o golpe parlamentar contra o governo democrático de Dilma Rousseff, a Bolívia convocará seu embaixador. Defendamos a democracia e a paz”, disse.

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Evo ainda cobrou o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luís Almagro, que costuma dar duras declarações contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Onde está Almagro? Quando se conspira contra governos democráticos de esquerda, não há Almagro, só aparece para defender a direita”, afirmou. No entanto, em outras oportunidades, Almagro já havia dito que o impeachment de Dilma “não tem base legal”.

 

Presidente boliviano ainda cobrou o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luís Almagro, para se manifestar sobre impeachment

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Na segunda-feira (29/08), Evo disse que o julgamento da presidente Dilma é tentativa de “expulsar os pobres, negros e mulheres” do poder. “Irmã presidente Dilma, com seu processo injusto pretendem conter a rebelião de seu povo e expulsar pobres, negros e mulheres do poder”, escreveu o mandatário em sua conta no Twitter.

Em outro tweet, o presidente boliviano acrescentou que “os ex-presidentes de direita são favorecidos com um manto de impunidade”, enquanto para os de esquerda há “perseguição judicial e escarmento”.

“O único juiz que pode sancionar sua conduta política é seu povo, os outros cumprem a vergonhosa incumbência do império [norte-americano]. Força Dilma!”, disse Evo Morales.

Agência Efe

Dilma na posse do terceiro mandato de Evo Morales, em janeiro de 2015