Duas fortes explosões na cidade nigeriana de Jos já deixaram mais de 100 mortos nesta terça-feira (20/05). Até agora, as autoridades contaram 118 mortes, mas o número pode aumentar, segundo fontes policiais e de emergência.
As duas bombas explodiram com um intervalo de cerca de 30 minutos: a primeira às 14h30 no horário local (10h30 em Brasília) e a outra às 15h (11h em Brasília). O mercado de Terminus, o mais importante da cidade, situado entre a estação de trem e o Hospital Universitário de Jos, foi o local atingido.
Agência Efe
Serviços de emergência e curiosos se aglomeram ao redor de local atacado por duas bombas nesta terça-feira (20/05), na Nigéria
No ataque também ficaram feridas 45 pessoas, afirmou o delegado da polícia do estado de Plateau, Chris Olakpe, segundo o jornal nigeriano The Vanguard. O coordenador da NEMA (Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria) na região centro-norte do país, Abdulsalam Abubakar, afirmou que o número de vítimas pode ser “massivo”.
Não houve reivindicação imediata do atentado, mas não se descarta a possibilidade do envolvimento do grupo radical islâmico Boko Haram, que sequestrou mais de 240 meninas no último dia 14 de abril. Além disso, ao longo dos últimos cinco anos, eles também foram responsáveis por ataques que mataram mais de três mil pessoas.
NULL
NULL
Em alusão à milícia, o presidente Goodluck Jonathan disse por meio de um comunicado que seu governo “segue disposto a ganhar a guerra contra o terrorismo”.
Jonathan condenou o atentado e qualificou os autores de “cruéis e malvados”. Ele destacou ainda que mobilizou todas as agências de segurança e serviços de emergência para ajudar as vítimas e transferiu suas condolências às famílias dos falecidos.
Nas imagens divulgadas pela imprensa da Nigéria, podem-se ver lojas destruídas, uma enorme nuvem de fumaça e até corpos queimados pelas chamas. Policiais foram deslocados para o local do ataque, enquanto as vítimas foram encaminhadas para hospitais da região.
Com 170 milhões de moradores divididos em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais. Nos primeiros três meses deste ano, mais de 1.500 pessoas já morreram em decorrência de ataques como esse, especialmente os do Boko Haram.