Laurent Gbagbo pretende impedir o retorno de seu rival político, Alassane Ouattara, à Costa do Marfim. Ouattara viajou para Etiópia para participar de uma reunião da União Africana (UA), mediante uma ordem na qual proíbe os voos da missão da ONU e da operação militar francesa “Licorne” sobre o território do país.
Depois que Ouattara deixou o país nesta quarta-feira (09/03) à noite em um helicóptero da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci), o governo de Gbagbo dcomunicou no dia seguinte, pela emissora de televisão estatal, que as aeronaves da ONU e da missão militar francesa “estão proibidas de sobrevoar e aterrissar em todo o território da Costa do Marfim”.
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A ordem foi emitida pelo Ministério de Transportes de Gbagbo e, em seguida, o porta-voz do governo de Ouattara, Patrick Achi, indicou em comunicado que a determinação é “nula e sem efeito”, já que Gbagbo “não é mais o presidente da Costa do Marfim”.
Ouattara é reconhecido pela comunidade internacional como presidente eleito da Costa do Marfim, mas Gbagbo, que está há dez anos na presidência, se nega a deixar o poder, apesar das exigências internacionais.
Ouattara se encontra nesta quinta-feira na sede da UA em Adis-Abeba para uma reunião da Comissão de cúpula entre chefes de Estado africanos encarregada de solucionar a crise pós-eleitoral da Costa do Marfim. Gbagbo foi convidado, mas não compareceu.
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