O governo tailandês anunciou neste domingo (16/5) que os “camisas vermelhas” têm até as 15h de amanhã (5h no horário de Brasília) para abandonar voluntariamente o distrito financeiro de Bangcoc, onde montaram seus acampamentos desde março quando os protestos tiveram início. Apenas após
a evacuação o diálogo entre as partes poderá ser retomado.
A proposta foi feita após líderes da oposição pedirem ao governo que interrompa as ações de violência do exército. Desde o início dos conflitos, ao menos 41 pessoas morreram e cerca de 1.400 ficaram feridas. Nos últimos dias, com a retomada dos protestos na quinta-feira passada, o número de mortos chegou a 27.
Barbara Walton/Efe
“Exigimos que o exército deixe de disparar e que retire a tropa imediatamente para evitar mais mortes. Então poderemos estudar as exigências políticas”, disse Natthawut Saikura, um dos chefes dos manifestantes da Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura, segundo a agência espanhola de notícias Efe.
Desde que os conflitos se intensificaram os soldados tailandeses tentaram retomar o controle da área ocupada, a qual decretaram “zona de tiroteio livre”, tendo licença para disparar e se defender dos tiros e granadas em confrontos com os opositores.
As autoridades desistiram de impor o toque de recolher, afirmando que “a situação no centro de Bangcoc está sob controle”, porém, o cenário que se encontra na capital é bastante crítico. Neste domingo duas pessoas foram mortas.
Evacuação
De acordo com o porta-voz do exército, coronel Samsen Kaewkamnerd, os manifestantes que abandonarem a base vermelha antes de se cumprir o prazo não serão acusados de infringir a lei. No entanto, não deu detalhes sobre as medidas que serão tomadas contra aqueles que se recusem a evacuar a área.
As autoridades de saúde anunciaram que se preparam para evacuar milhares de crianças, mulheres e idosos que se encontram no acampamento dos manifestantes, cercado pelos soldados.
Já os líderes opositores, após conhecerem as propostas, deram livre arbítrio aos manifestantes para decidirem se abandonam ou continuam nos acampamentos.
De acordo com Efe, Natthawut Saikua, um por principais representantes dos “camisas vermelhas” disse que a frente deu ordens aos serviços de segurança da base vermelha para que permita a saída por qualquer um dos acessos, e recomendou às famílias com filhos para buscar abrigo nos mosteiros e templos budistas dos arredores.
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